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Alta nos insumos? Conflito no Oriente Médio acende sinal vermelho para produtores rurais

by Claudio P. Filla
20 de junho de 2025
in Agro
Alta nos insumos? Conflito no Oriente Médio acende sinal vermelho para produtores rurais
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A escalada de tensão entre Irã e Israel tem despertado não apenas inquietações geopolíticas, mas também sinais de alerta em campos bem distantes do Oriente Médio — como as plantações brasileiras. Em meio aos ataques e ameaças, uma preocupação em especial se alastra entre os produtores rurais: o impacto que esse conflito pode causar no mercado de fertilizantes, especialmente os nitrogenados, fundamentais para cultivos como milho, café, arroz, algodão e citros.

Isso porque o Irã ocupa uma posição estratégica na cadeia global de produção de amônia anidra — substância que serve de base para fertilizantes como a ureia, essencial para o vigor vegetativo das plantas. Segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o país persa responde atualmente por cerca de 7% a 8% da produção global de ureia, número considerável o suficiente para provocar abalos na cadeia internacional em caso de sanções econômicas ou bloqueios logísticos causados pela guerra.

A preocupação se justifica. “Quando há conflitos em regiões-chave para a indústria química, o fornecimento de insumos fica instável. E o agro é um dos primeiros setores a sentir esse impacto, tanto na oferta quanto no custo dos fertilizantes”, alerta Júlio Rocha, engenheiro agrônomo e consultor em nutrição vegetal. Ele lembra que a dependência brasileira de importações ainda é alta — cerca de 85% dos fertilizantes usados no país são trazidos do exterior.

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Essa vulnerabilidade cria um cenário de apreensão principalmente para os agricultores que operam em margens estreitas de rentabilidade. A ureia, por exemplo, é um insumo diretamente associado ao crescimento vegetativo de grãos e frutas. Se os preços subirem, o custo final da lavoura sobe também — e, por consequência, chega à mesa do consumidor.

Além disso, a instabilidade no Golfo Pérsico, somada a possíveis retaliações comerciais, pode afetar rotas marítimas estratégicas para o transporte de insumos químicos. A consequência? Logística mais cara e previsibilidade quase nula. De acordo com o economista Rafael Ferreira, especialista em comércio agrícola, “um eventual bloqueio ao Irã, que já enfrenta sanções de outros países, tornaria o abastecimento mais difícil e geraria volatilidade imediata nos preços da ureia nos portos brasileiros”.

Essa volatilidade já é sentida com apreensão no mercado de futuros. Muitos produtores têm optado por antecipar compras de insumos, mesmo com o dólar instável, numa tentativa de se proteger de um novo salto nos custos, como já foi observado durante a pandemia e com o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, dois outros grandes fornecedores de matérias-primas agrícolas.

Com o agronegócio sendo o pilar da balança comercial brasileira, qualquer descompasso nos custos de produção tende a gerar efeito dominó. Isso inclui não apenas a inflação sobre os alimentos, mas também a retração em investimentos no campo, como renovação de maquinário, contratação de mão de obra e expansão de áreas cultiváveis.

Em resumo, a crise entre Irã e Israel não é apenas um conflito distante nos noticiários internacionais: ela toca diretamente o coração do agro brasileiro. E em um setor onde cada centavo investido pode definir o sucesso ou o prejuízo da safra, o preço da paz — ou da guerra — pode se tornar um fertilizante amargo demais para ser absorvido.

  • Claudio P. Filla

    Sou Cláudio P. Filla, formado em Comunicação Social e Mídias Sociais. Atuo como Redator e Curador de Conteúdo do Agronamidia. Com o apoio de uma equipe editorial de especialistas em agronomia, agronegócio, veterinária, desenvolvimento rural, jardinagem e paisagismo, me dedico a garantir a precisão e a relevância de todas as publicações. E-mail: [email protected]

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