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Solos arenosos e alta performance: como a ILP pode ser a chave para o futuro do agro brasileiro

Evento em MS reúne pesquisadores e produtores para mostrar os resultados da diversificação e manejo integrado

by Claudio P. Filla
16 de agosto de 2025
in Agro, Pecuaria
Solos arenosos e alta performance: como a ILP pode ser a chave para o futuro do agro brasileiro
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A agricultura tropical brasileira enfrenta um dilema clássico: como aliar produtividade a sustentabilidade em solos naturalmente frágeis, como os arenosos? A resposta tem ganhado forma nas práticas de Integração Lavoura-Pecuária (ILP), que combinam culturas agrícolas e pecuária em um mesmo espaço, com rotação e diversificação planejada. Essa foi a tônica do 7º Seminário Técnico em ILP, realizado em Nova Alvorada do Sul (MS), reunindo especialistas, produtores e lideranças do agronegócio.

Entre os principais desafios abordados no evento, os solos arenosos ocuparam lugar de destaque. Segundo o pesquisador Luís Armando Zago Machado, da Embrapa Agropecuária Oeste, a ILP oferece ganhos não apenas em produtividade, mas também em conservação ambiental — algo essencial em regiões de alta temperatura e baixa retenção hídrica. “O plantio direto é indispensável. Solos com limitações demandam mais que técnica, exigem estratégia, e a diversificação de culturas é uma aliada fundamental nesse processo”, explicou Zago.

Além de culturas já consolidadas, ele destacou o papel de espécies como mandioca, amendoim e cana-de-açúcar, que, ao comporem a rotação, ajudam na regeneração do solo e na recuperação de pastagens. A presença de leguminosas, como crotalária e guandu, também foi exaltada pela capacidade de fixar nitrogênio — um insumo caro e de alta volatilidade no mercado. “A produção precisa ser intensificada, mas de forma inteligente. Sistemas como o Antecipasto, hoje adotado em estados como Mato Grosso e Bahia, mostram que isso é viável”, afirmou.

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A mandioca como motor de recuperação

No contexto do ILP, a mandioca se destacou como alternativa promissora. O técnico Clayton Simão Zebalho, especialista na cultura pela Copasul, ressaltou o potencial produtivo da raiz: “Em condições ideais, é possível atingir até 61 toneladas por hectare. Mas a média atual gira em torno de 25 toneladas — ou seja, há uma lacuna de mais de 30 toneladas a ser explorada”.

Para alcançar esse patamar, ele reforçou a importância do preparo de solo com palhada de qualidade, seleção criteriosa de cultivares e manejo técnico em todas as fases do cultivo. Além do desempenho agronômico, a mandioca também contribui com a rentabilidade. “Ela tem um papel crucial na recuperação de áreas degradadas e no retorno econômico das propriedades”, comentou Zebalho, que compartilha seu conhecimento na rede social @universo_da_mandioca.

Produtores atentos aos manejos corretos já têm colhido bons frutos. O agricultor Victor Machado Vendramin, de Paranavaí (PR), relatou colheitas de até 60 toneladas por hectare em plantio direto. Segundo ele, a técnica também influencia diretamente a temperatura do solo, com redução de até 2°C sob a cobertura de palha, o que favorece o microclima e reduz o estresse hídrico.

Forrageiras e rotação: eficiência além do custo

Na Fazenda Cabeceira, em Maracaju (MS), o produtor Ake Van Der Vinne apostou na diversidade como ferramenta de sucesso. Em sua apresentação, ele detalhou o uso de um mix forrageiro composto por ervilha, guandu-anão, canola, trigo mourisco, milho moído, entre outras espécies. Mais do que apenas cobertura vegetal, o consórcio foi adaptado para pastejo direto, o que amplia o aproveitamento da biomassa produzida.

“À primeira vista, o custo pode parecer mais alto. Mas o retorno vem no desempenho dos animais. Com um ganho médio adicional de 200g por cabeça ao dia, isso representa 45 kg extras em três meses, por hectare. É um lucro que vale o investimento”, explicou. Além disso, ele apontou que o ILP cria um ambiente favorável ao uso de produtos biológicos, reduzindo a incidência de plantas daninhas e pragas, especialmente na soja que sucede o pasto.

Amendoim: resiliência e regeneração em destaque

A cultura do amendoim também teve espaço no seminário, sendo abordada sob o viés da agricultura regenerativa. O pesquisador Denizart Bolonhezi, do IAC de Ribeirão Preto (SP), destacou que a leguminosa não apenas melhora a estrutura do solo com seu sistema radicular vigoroso, como também se adapta bem ao plantio direto, ampliando a resiliência das lavouras em períodos de seca.

Na prática, o produtor Roberto Junqueira, da Fazenda Santa Bernadette, mostrou que desde 2018 já renovou mais de quatro mil hectares de pastagens com o uso da cultura. “Além de dobrar a capacidade de unidade animal por hectare, o próprio amendoim pagou os custos com correção e preparo de solo. É uma cultura que entrega resultado”, afirmou.

Parcerias e fortalecimento regional

O evento também marcou o fortalecimento de laços institucionais. Harley Nonato, chefe geral da Embrapa Agropecuária Oeste, ressaltou o papel da Unidade de Referência Tecnológica em Nova Alvorada do Sul para a difusão do conhecimento. “A região tem um potencial produtivo imenso, e a troca de experiências como essa é essencial”, observou.

O presidente do Sindicato Rural, Leandro Lyrio, e o prefeito José Paulo Paleari também enfatizaram o papel estratégico do município na difusão tecnológica e no desenvolvimento agropecuário regional. Já o presidente da Câmara, vereador Israel Gomes de Sousa, reiterou o compromisso da casa com o apoio técnico à produção rural.

  • Claudio P. Filla

    Sou Cláudio P. Filla, formado em Comunicação Social e Mídias Sociais. Atuo como Redator e Curador de Conteúdo do Agronamidia. Com o apoio de uma equipe editorial de especialistas em agronomia, agronegócio, veterinária, desenvolvimento rural, jardinagem e paisagismo, me dedico a garantir a precisão e a relevância de todas as publicações. E-mail: [email protected]

Via: Fonte: Embrapa

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