Nos dias 1º e 2 de outubro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realiza dois leilões públicos voltados ao setor feijoeiro, com foco específico na variedade preta do grão. Serão ofertadas 32,4 mil toneladas no total, divididas igualmente entre os programas de incentivo Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural) e PEP (Prêmio para Escoamento de Produto), contemplando agricultores dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
A iniciativa, segundo comunicado da Conab, pretende ampliar as possibilidades de comercialização do feijão-preto produzido na região Sul, valorizando o produto e garantindo o escoamento adequado. Um dos diferenciais desta edição é a ausência de limite por participante, permitindo que os produtores se inscrevam tanto no Pepro quanto comercializem com empresas que venham a atuar via PEP.
Foco na agricultura familiar marca primeiro dia de leilões
Na quarta-feira, 1º de outubro, as operações estão direcionadas à agricultura familiar. Serão ofertadas 6,48 mil toneladas de Pepro, destinadas exclusivamente a pequenos produtores e cooperativas da região Sul, reconhecidos como agricultores e agricultoras familiares. Esse incentivo busca garantir não apenas a renda mínima, mas também a permanência dos pequenos no campo, com previsibilidade comercial.
Paralelamente, no mesmo dia, a Conab disponibiliza outras 6,48 mil toneladas dentro do PEP, voltadas às empresas de beneficiamento e comerciantes de feijão-preto dos três estados envolvidos. Os compradores deverão respeitar o preço mínimo oficial e demonstrar o compromisso com o transporte e escoamento do grão.
Acesso ampliado no segundo dia abrange todos os perfis de produtores
Já na quinta-feira, 2 de outubro, a Conab abre espaço para todos os tipos de produtores e cooperativas, inclusive os que fazem parte da agricultura familiar. Tanto no Pepro quanto no PEP, o foco será garantir que o feijão-preto in natura seja comprado pelo valor de referência estabelecido, fortalecendo a cadeia produtiva e evitando prejuízos em períodos de mercado instável.
As empresas interessadas em participar pelo PEP precisarão comprovar a aquisição do grão diretamente de produtores, inclusive os familiares, além de efetivar o escoamento. A política tem como objetivo estratégico equilibrar o abastecimento, dar fluidez à comercialização e apoiar economicamente quem cultiva o feijão-preto, cultura que é base na alimentação dos brasileiros.