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Fumo-bravo: a planta tóxica que cresce livremente nas cidades brasileiras

De aparência inofensiva, a Nicotiana glauca pode causar intoxicação grave e até ser confundida com couve

by Claudio P. Filla
14 de outubro de 2025 - Updated on 16 de outubro de 2025
in Natureza
ferreiraisael12345

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⚠️ Aviso de segurança e toxicidade
As informações contidas neste artigo têm caráter educativo e informativo. A Nicotiana glauca (fumo-bravo) é uma planta altamente tóxica; não deve ser consumida sob hipótese alguma. Mesmo após cozimento, seus compostos tóxicos podem permanecer ativos.
Se houver suspeita de ingestão ou contato com sintomas (tontura, náusea, taquicardia etc.), procure imediatamente atendimento médico ou serviço de controle de venenos. Em caso de identificação de espécime desconhecida, consulte botânicos ou especialistas antes de manusear ou ingerir qualquer parte da planta.

Entre muros, quintais e margens de estrada, pode surgir uma planta discreta que, à primeira vista, parece convidativa — folhas largas, visual robusto e flores delicadas. Mas ela esconde um perigo: trata-se da Nicotiana glauca, popularmente chamada de fumo-bravo ou “falsa couve”.

Ao longo dos anos, essa espécie tem sido protagonista de casos de envenenamento, especialmente quando confundida com hortaliças comuns. Em algumas regiões do país, famílias chegaram a ser hospitalizadas após preparar folhas da planta acreditando se tratar de couve, o que acendeu um alerta entre botânicos e autoridades sanitárias.

Características visuais e adaptabilidade

A Nicotiana glauca pertence à família Solanaceae, a mesma do tomate e da berinjela, mas se diferencia por seu porte arbustivo, que pode ultrapassar cinco metros em ambientes favoráveis. Suas folhas são espessas, de tom verde-azulado e textura aveludada, o que explica o termo “glauca” — que remete a uma coloração azulada ou acinzentada. As flores, em formato tubular e tonalidade amarelo-viva, se destacam entre a folhagem e costumam atrair insetos polinizadores.

É uma planta altamente resistente e capaz de se adaptar a solos pobres, suportando longos períodos de seca. Essa rusticidade fez com que se espalhasse com facilidade por áreas urbanas e rurais, tornando-se uma espécie invasora em boa parte do território brasileiro. Sua presença é comum em terrenos baldios, margens de rodovias e encostas, competindo com espécies nativas e alterando o equilíbrio ecológico local.

Toxicidade: os alcaloides que definem seu risco

O grande perigo do fumo-bravo está na presença de alcaloides tóxicos, especialmente a anabasina, uma substância semelhante à nicotina. Segundo a professora Amanda Danuello, especialista em química de produtos naturais, esses compostos atuam sobre o sistema nervoso central e podem provocar sintomas severos. “A ingestão da Nicotiana glauca não deve ocorrer sob hipótese alguma. Seus princípios ativos são potentes e podem levar à paralisia respiratória em poucas horas”, explica.

Fumo-bravo: a planta tóxica que cresce livremente nas cidades brasileiras
robverlindenofficial

Casos de intoxicação pelo consumo por engano do fumo-bravo têm sido relatados em diferentes regiões do Brasil. Em um deles, o professor Guilherme Rocha, pesquisador em química farmacêutica, destacou que os efeitos da planta se manifestam rapidamente. “Ela age em duas fases: primeiro estimula de forma intensa o sistema nervoso, causando taquicardia, tontura e sudorese; depois vem a exaustão, quando o organismo colapsa, podendo evoluir para parada respiratória”, afirma o especialista.

Nem mesmo o cozimento elimina o perigo. Mesmo após refogadas, as folhas mantêm a toxicidade, pois os alcaloides não se degradam completamente com o calor. Por isso, qualquer consumo acidental representa um risco grave para humanos e animais domésticos.

Onde ela é encontrada e por que merece atenção

O fumo-bravo está presente em diversos estados brasileiros, especialmente nas regiões Sudeste e Sul. A planta se espalha com facilidade e pode ser vista tanto em áreas de vegetação nativa quanto em locais urbanos, próximos a muros e terrenos abandonados. Em alguns projetos paisagísticos, chega a ser usada como planta ornamental por conta da cor de suas folhas e do formato das flores — o que, segundo especialistas, é um erro.

Para o botânico Fernanda Raggi Grossi, a Nicotiana glauca é uma planta que merece ser observada com cautela. “Apesar do apelo estético, seu uso em jardins residenciais não é recomendado. Além da toxicidade elevada, ela se comporta como invasora e pode comprometer a biodiversidade local”, explica.

Além de seu impacto ambiental, há ainda o risco social: em muitas comunidades, a planta cresce próxima a hortas ou quintais, confundindo moradores que colhem folhas espontâneas acreditando serem comestíveis. Essa semelhança com a couve — especialmente no formato e na coloração das folhas — é o que tem causado os acidentes mais graves.

A confusão com a couve e os perigos da desinformação

A semelhança visual entre o fumo-bravo e a couve-manteiga é o principal motivo de confusão. À primeira vista, ambas têm folhas largas, nervuras marcadas e coloração verde intensa. No entanto, há diferenças perceptíveis: o fumo-bravo apresenta folhas mais azuladas e espessas, enquanto a couve é de verde mais vivo e textura mais fina.

A bióloga Fernanda Raggi Grossi observa que a toxicidade da Nicotiana glauca é várias vezes maior que a do tabaco comum. “Seus alcaloides são extremamente potentes e, em doses pequenas, já provocam sintomas neurológicos e cardíacos sérios. A confusão visual tem sido o principal fator de intoxicações recentes”, explica.

Por isso, especialistas reforçam a importância da educação ambiental e da disseminação de informações confiáveis. Em caso de dúvida sobre a identificação de uma planta, é essencial não consumi-la e buscar orientação técnica. No mundo das plantas, a aparência pode enganar — e no caso do fumo-bravo, a beleza discreta pode esconder um risco mortal.

  • Claudio P. Filla

    Sou Cláudio P. Filla, formado em Comunicação Social e Mídias Sociais. Atuo como Redator e Curador de Conteúdo do Agronamidia. Com o apoio de uma equipe editorial de especialistas em agronomia, agronegócio, veterinária, desenvolvimento rural, jardinagem e paisagismo, me dedico a garantir a precisão e a relevância de todas as publicações.

    E-mail: [email protected]

  • Guilherme Rocha

    O professor Guilherme Rocha Pereira é um acadêmico com sólida formação na área de farmácia e química. Sua trajetória acadêmica inclui a graduação em Farmácia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Após a graduação, ele continuou sua especialização, realizando um pós-doutorado em ciências naturais, concluído entre 2011 e 2016. Sua formação abrangente o qualificou para atuar em diversas frentes da pesquisa e do ensino superior.
    Ao longo de sua carreira, o professor Guilherme Rocha Pereira acumulou uma vasta experiência como professor universitário, lecionando na PUC Minas e em outras instituições, como a própria UFMG.

  • Amanda Danuello

    Amanda Danuello Pivatto é uma renomada professora e pesquisadora na área de Química, com foco em Química Medicinal e de Produtos Naturais. É bacharel, mestre e doutora em Química pelo Instituto de Química de Araraquara, da UNESP, e realizou pós-doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, da USP. Atualmente, é docente no Instituto de Química da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e se destaca como idealizadora e coordenadora do projeto QuiMinas, que busca incentivar meninas a seguir a carreira científica. Sua atuação também inclui a coordenação geral do Programa de Mulheres da Sociedade Brasileira de Química (SBQ).
    Formação e trajetória acadêmica
    A sólida base acadêmica da Professora Amanda Danuello Pivatto foi construída no Instituto de Química de Araraquara, na UNESP, onde concluiu seu bacharelado em Química no ano de 2002. Sua dedicação à pesquisa a levou a aprofundar seus estudos, obtendo o título de mestre em 2005 e, posteriormente, o de doutora em 2010, na mesma instituição. Durante sua formação, demonstrou grande interesse por sua área de pesquisa, o que a impulsionou a buscar especialização adicional em um dos centros de pesquisa mais prestigiados do país. Entre 2011 e 2013, realizou um pós-doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, vinculada à USP, aprofundando-se em temas como planejamento, síntese e modificação de substâncias bioativas.
    Experiência profissional e contribuições
    A carreira profissional da Professora Amanda Danuello Pivatto se consolidou na área de docência e pesquisa. Antes de ingressar na UFU, atuou como professora adjunta na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), onde contribuiu para a formação de novos profissionais e participou ativamente de atividades de pesquisa. Desde sua chegada à UFU, ela tem se dedicado à Química Medicinal e de Produtos Naturais, desenvolvendo pesquisas sobre síntese orgânica e substâncias bioativas. Além de sua atuação acadêmica, a professora é conhecida por seu compromisso com a inclusão de mulheres na ciência, sendo a idealizadora do projeto QuiMinas, que tem como missão inspirar e encorajar meninas a seguir carreiras científicas.

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