Resumo
- O Brasil deve exportar até 4,26 milhões de toneladas de soja em grão em novembro, superando os embarques do mesmo mês de 2024, mas com ritmo mais contido que o de outubro.
- A movimentação nos portos na primeira semana de novembro foi de 942,5 mil toneladas, com projeção de mais 1,36 milhão para a semana seguinte, indicando desaceleração natural no período.
- As exportações de farelo de soja também surpreendem, com estimativa de 2,46 milhões de toneladas embarcadas, frente aos 1,72 milhão do mesmo período no ano anterior.
- A demanda internacional por farelo impulsiona os resultados, especialmente em países que utilizam o produto para nutrição animal e produção de ração.
- Mesmo com ritmo moderado, a soja e seus derivados seguem como pilares da balança comercial brasileira, com desempenho consistente e crescente interesse global.
O Brasil segue consolidando sua posição como potência agrícola no cenário internacional, especialmente no mercado da soja. Segundo a atualização mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), a previsão é que o país embarque até 4,26 milhões de toneladas de soja em grão ao longo de novembro. O número expressivo mostra um avanço significativo em relação ao mesmo período do ano passado, quando as exportações somaram 2,23 milhões de toneladas, mas revela também uma desaceleração em relação ao mês anterior.
Essa leve retração é perceptível quando observamos os dados de outubro, período em que os portos brasileiros movimentaram 6,39 milhões de toneladas do grão. Em novembro, o ritmo vem mais contido: 942,5 mil toneladas foram embarcadas até o dia 8, e a estimativa para o intervalo entre 9 e 15 do mês é de 1,36 milhão de toneladas. Ainda assim, o acumulado continua robusto, mantendo o Brasil como um dos principais exportadores globais do produto.
Farelo de soja amplia participação nas exportações
Outro destaque positivo no cenário de embarques é o farelo de soja, que deve encerrar novembro com um total de 2,46 milhões de toneladas exportadas. A performance surpreende, especialmente quando comparada ao mesmo período de 2024, em que foram exportadas 1,72 milhão de toneladas.
O crescimento é sustentado pelo aumento da demanda externa, sobretudo de países que utilizam o farelo na produção de rações e proteína animal. Só na primeira semana de novembro, foram movimentadas 483,1 mil toneladas do derivado, e a projeção para a semana seguinte é ainda mais otimista, com 594,4 mil toneladas previstas para deixar os portos nacionais rumo ao exterior.
Ritmo mais cauteloso, mas com saldo positivo
Mesmo com a desaceleração dos embarques totais em relação a outubro, o desempenho da soja e seus derivados permanece como um pilar fundamental da balança comercial brasileira. A evolução ano a ano demonstra consistência na capacidade logística dos portos e competitividade dos produtos do agronegócio brasileiro no mercado internacional.
A expectativa para os próximos meses é de continuidade nas exportações em volumes elevados, especialmente com a aproximação da nova safra e da janela climática mais favorável às colheitas. Com isso, o setor mantém um olhar atento tanto ao comportamento da demanda global quanto à infraestrutura portuária, que tem sido constantemente pressionada pela intensidade das safras recordes no país.



