O 24º Congresso da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), realizado em São Paulo, reuniu lideranças e representantes do setor para debater o futuro do agro em um cenário de mudanças globais. O encontro destacou que a consolidação de parcerias estratégicas, as chamadas agroalianças, é essencial para garantir competitividade e sustentabilidade, independentemente de ciclos políticos.
De acordo com o presidente da entidade, Caio Carvalho, a construção dessas alianças é fruto de um diálogo constante com parceiros internacionais. Para ele, o agronegócio brasileiro precisa estar preparado para oferecer produtos de alta qualidade sem depender de conjunturas governamentais. “Temos que trabalhar no sentido de ofertar produtos com a maior competitividade possível, ou seja, com mais produtividade e sustentabilidade”, afirmou.
Segurança alimentar e energética no centro das discussões
Além do fortalecimento das agroalianças, o congresso abriu espaço para um tema cada vez mais urgente: a segurança alimentar e energética. Carvalho destacou que o desafio global envolve equilibrar a ampliação da oferta de alimentos com a necessidade de reduzir a pegada de carbono. Esse objetivo, segundo ele, só é possível por meio da adoção de novas tecnologias, entre elas a inteligência artificial — que, embora traga ganhos significativos de eficiência, também é intensiva no consumo de energia.
O presidente reforçou que a crescente demanda por eletricidade exige repensar a abordagem do setor sobre o tema. “Portanto, eu tenho um crescimento tal de energia que a palavra transição energética é muito mais hoje adição energética, mas que essa adição se faça com energia renovável. Então, essa é a dinâmica e é para isso que o agro se prepara”, completou.