Agro
Chuvas de início de dezembro reforçam umidade do solo e impulsionam lavouras de primeira safra no país
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Por
Claudio P. Filla
As chuvas registradas ao longo da primeira quinzena de dezembro trouxeram um alívio importante para o campo brasileiro e criaram um cenário favorável ao avanço das lavouras de primeira safra. Em grande parte do país, os volumes acumulados foram suficientes para elevar a umidade do solo, estimular o desenvolvimento das culturas recém-implantadas e, ao mesmo tempo, não comprometer a finalização da colheita dos cultivos de inverno que ainda estavam em andamento.
Esse panorama positivo é detalhado no Boletim de Monitoramento Agrícola, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que aponta, de forma geral, boas condições vegetativas nas principais regiões produtoras. De acordo com o levantamento, os dados espectrais analisados ao longo do período confirmam que as lavouras vêm respondendo bem às condições climáticas observadas, especialmente onde as chuvas ocorreram de maneira mais regular.
Centro-Oeste e Sudeste registram chuvas mais bem distribuídas
No Centro-Oeste, região que concentra a maior produção de grãos do país, os maiores volumes de precipitação foram registrados no nordeste de Mato Grosso e no norte de Goiás. Nessas áreas, as chuvas ocorreram de forma mais constante, o que contribuiu diretamente para o aumento da umidade do solo e para o bom estabelecimento das culturas de primeira safra. O cenário observado ao longo do período também se repetiu em áreas do Sudeste, onde a regularidade das precipitações favoreceu o desenvolvimento inicial das lavouras.
Esse comportamento climático tem sido fundamental para reduzir o estresse hídrico em fases decisivas do ciclo das culturas, criando condições mais homogêneas de crescimento e garantindo maior segurança ao produtor rural no início da safra.
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Sul tem recuperação gradual da umidade, apesar da irregularidade
Na Região Sul, o regime de chuvas apresentou maior variabilidade ao longo da quinzena. Os maiores acumulados foram registrados no norte e oeste do Paraná, enquanto no Rio Grande do Sul os primeiros dias de dezembro foram marcados por volumes mais baixos. Ainda assim, essas precipitações iniciais foram suficientes para permitir a conclusão da colheita dos cultivos de inverno sem grandes prejuízos.
Entretanto, entre os dias 6 e 10 de dezembro, o aumento dos acumulados de chuva no estado gaúcho contribuiu para a recomposição da umidade do solo, criando condições mais favoráveis tanto para a semeadura quanto para o desenvolvimento das lavouras de verão. No Paraná e em Santa Catarina, apesar de episódios pontuais de irregularidade, o balanço climático da primeira quinzena foi considerado positivo, com impactos favoráveis ao crescimento das culturas.
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Norte e Nordeste apresentam contrastes regionais
Na Região Norte, os volumes de chuva registrados no Tocantins e em áreas do sul e noroeste do Pará favoreceram a semeadura e o desenvolvimento das lavouras de primeira safra. Contudo, em parte do nordeste paraense, a combinação entre chuvas irregulares e temperaturas elevadas impôs restrições ao desenvolvimento de algumas áreas cultivadas, exigindo maior atenção dos produtores.
Já no Nordeste, especialmente na região do Matopiba — que engloba áreas do Maranhão, sudoeste do Piauí, oeste da Bahia e Tocantins —, as precipitações acumuladas ao longo da quinzena foram suficientes para estimular o plantio e o crescimento inicial das culturas de primeira safra. Ainda assim, em áreas do leste, centro e oeste do Maranhão, os volumes observados não atenderam plenamente às necessidades hídricas de parte das lavouras, o que pode limitar o desempenho inicial em determinados municípios.
Fonte: CONAB

Sou Cláudio P. Filla, formado em Comunicação Social e Mídias Sociais. Atuo como Redator e Curador de Conteúdo do Agronamidia. Com o apoio de uma equipe editorial de especialistas em agronomia, agronegócio, veterinária, desenvolvimento rural, jardinagem e paisagismo, me dedico a garantir a precisão e a relevância de todas as publicações.
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