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Mais de 110 milhões de hectares de natureza foram perdidos no Brasil desde 1985

Levantamento inédito mostra como pastagens e agricultura avançaram sobre áreas nativas em todos os biomas do país

by Claudio P. Filla
17 de agosto de 2025
in Agro, Natureza
Mais de 110 milhões de hectares de natureza foram perdidos no Brasil desde 1985
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Ao longo dos últimos 40 anos, o Brasil assistiu a uma silenciosa e constante transformação de sua paisagem natural. Um estudo divulgado pelo MapBiomas revelou que, entre 1985 e 2024, o país perdeu 111,7 milhões de hectares de cobertura vegetal nativa — uma extensão territorial superior à da Bolívia e correspondente a 13% do território nacional. Esse processo de conversão do solo para atividades humanas, sobretudo pastagens e agricultura, revela não apenas o avanço da fronteira agropecuária, mas também o impacto direto sobre os principais biomas brasileiros.

A cada ano, aproximadamente 2,9 milhões de hectares de vegetação foram convertidos para usos antrópicos. Essa alteração no uso da terra é reflexo da crescente pressão econômica sobre os ecossistemas naturais. De acordo com o levantamento, as áreas de pastagem cresceram 62,7 milhões de hectares no período, enquanto a agricultura avançou sobre 44 milhões de hectares. O retrato revela um Brasil cada vez mais ruralizado, com a agropecuária se consolidando como atividade dominante em boa parte do território.

Aliás, em 1985, pouco menos da metade dos municípios brasileiros (47%) tinham a agropecuária como uso majoritário da terra. Em 2024, esse percentual saltou para 59%, o que equivale a mais de mil municípios sob predominância das atividades rurais. Estados do Sul e Sudeste, como Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul, lideram em proporção territorial dedicada à agricultura, com índices entre 30% e 34%.

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Amazônia, Cerrado e outros biomas lideram perdas vegetacionais

Entre os biomas brasileiros, a Amazônia foi o mais afetado, com a perda de 52,1 milhões de hectares de vegetação nativa. Isso representa quase metade de toda a devastação registrada no país. De maneira alarmante, três em cada cinco hectares de áreas agrícolas abertas no bioma surgiram nos últimos 20 anos, evidenciando a recente intensificação da atividade agrícola na floresta tropical.

Logo atrás, o Cerrado — conhecido como berço das águas e também fundamental para a biodiversidade — perdeu 40,5 milhões de hectares, o que representa uma significativa redução da cobertura nativa do segundo maior bioma brasileiro. Regiões tradicionalmente menos visadas também sofreram impactos relevantes. A Caatinga perdeu 9,2 milhões de hectares, a Mata Atlântica, 4,4 milhões, e o Pantanal, 1,7 milhão.

Entretanto, chama atenção o caso do Pampa, no Sul do país, que foi o bioma com maior perda proporcional de vegetação. Embora tenha perdido 3,8 milhões de hectares — em números absolutos inferiores aos demais —, o impacto foi significativo para a escala territorial do bioma, com consequências visíveis para o equilíbrio climático e a conservação da fauna local.

Um retrato histórico da conversão de terras no país

Para entender o cenário atual, é preciso voltar no tempo. Até 1985, a conversão de vegetação para áreas produtivas acumulava cerca de 60% do território atualmente ocupado pela agropecuária, cidades, mineração e infraestrutura. No entanto, os 40% restantes dessa transformação aconteceram em apenas quatro décadas, demonstrando uma aceleração sem precedentes da ocupação antrópica no território nacional.

Aliás, segundo o MapBiomas, o auge dessa transformação ocorreu entre 1995 e 2004, período marcado por altas taxas de desmatamento, sobretudo na Amazônia. Após um recuo no ritmo de perdas entre 2005 e 2014 — quando se registrou a menor perda líquida de florestas desde o início do monitoramento —, a tendência voltou a se inverter. A partir de 2015, o avanço da degradação, associado às mudanças climáticas e à expansão de cultivos, recolocou o Brasil em uma trajetória preocupante de desmatamento.

Ainda que os números reflitam decisões e políticas de décadas, o cenário atual exige atenção urgente. A cada hectare perdido, comprometem-se funções ecológicas essenciais — como o ciclo da água, a regulação do clima e a preservação da biodiversidade. O mapeamento realizado ao longo dos anos torna-se, assim, um alerta para a necessidade de repensar modelos de uso do solo, equilibrando desenvolvimento produtivo e conservação ambiental.

  • Claudio P. Filla

    Sou Cláudio P. Filla, formado em Comunicação Social e Mídias Sociais. Atuo como Redator e Curador de Conteúdo do Agronamidia. Com o apoio de uma equipe editorial de especialistas em agronomia, agronegócio, veterinária, desenvolvimento rural, jardinagem e paisagismo, me dedico a garantir a precisão e a relevância de todas as publicações. E-mail: [email protected]

Via: Fonte: CNNBrasil

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