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Novo método detecta pesticidas no pólen de laranjeira com alta precisão

Tecnologia brasileira usa menos amostras e reduz impactos ambientais ao monitorar resíduos tóxicos que ameaçam os polinizadores

by Claudio P. Filla
5 de agosto de 2025
in Agro
Novo método detecta pesticidas no pólen de laranjeira com alta precisão

O Brasil colhe, todos os anos, milhões de toneladas de laranja — fruto essencial para a economia e símbolo de extensos pomares que embelezam regiões produtoras como São Paulo e Paraná. Entretanto, por trás dessa produção de impacto global, esconde-se uma preocupação crescente: a presença de resíduos de pesticidas em partes sensíveis da planta, como o pólen. Agora, uma nova técnica desenvolvida por cientistas da Unicamp e da Embrapa Meio Ambiente promete revolucionar esse tipo de análise, com mais eficiência, menor custo e impacto ambiental reduzido.

Essa inovação surge num contexto em que o uso intensivo de agroquímicos, especialmente os da classe dos neonicotinóides, tem gerado polêmicas em diversos países. Essas substâncias persistem na planta mesmo após a aplicação e acabam alcançando estruturas delicadas, como flores e pólen — um problema que ameaça diretamente os polinizadores, sobretudo as abelhas.

Um avanço técnico com precisão e sustentabilidade

Batizada de micro-QuEChERS, a técnica utiliza 100 vezes menos amostras que os métodos convencionais e consome dez vezes menos reagentes. Ou seja, é uma ferramenta que reduz drasticamente os resíduos químicos gerados durante a análise e reforça os princípios da química verde. Ao mesmo tempo, consegue identificar e quantificar resíduos de pesticidas com alto grau de exatidão, graças à associação com equipamentos avançados de cromatografia líquida de ultra eficiência e espectrometria de massas (UHPLC-MS/MS).

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Com apenas 100 mg de pólen, o método é capaz de detectar traços de compostos como imidacloprido, clotianidina, tiametoxam, abamectina, azoxistrobina e carbendazim — nomes que figuram entre os pesticidas mais usados nos pomares cítricos brasileiros.

Polinizadores em risco: uma ameaça silenciosa

A presença de pesticidas no pólen não é um detalhe técnico. Ela impacta diretamente a saúde das abelhas, responsáveis pela polinização de uma ampla variedade de culturas agrícolas. A ingestão de néctar e pólen contaminados pode provocar sintomas como desorientação, perda de capacidade de navegação e, em casos mais graves, morte dos insetos.

Esse efeito devastador já é conhecido na comunidade científica internacional. Tanto que, desde 2018, a União Europeia impôs severas restrições ao uso de neonicotinóides. No Brasil, o movimento para limitar essas substâncias só começou em 2022, ainda com uso permitido em diversas lavouras.

A inovação proposta pelos pesquisadores nacionais oferece, portanto, uma alternativa poderosa para monitorar e compreender melhor os efeitos desses produtos nas cadeias agrícolas, sem comprometer a saúde dos polinizadores.

Menor custo, maior acesso e resultados confiáveis

Outro ponto que torna a nova técnica especialmente promissora é sua viabilidade em larga escala. Como o método exige menos insumos e utiliza equipamentos já presentes na maioria dos laboratórios de análise de agrotóxicos, sua aplicação pode se tornar rapidamente disseminada. Isso significa que centros de pesquisa e instituições públicas terão acesso a dados mais precisos, com menos custo e menos geração de resíduos.

O processo também atende aos rigorosos critérios da diretriz SANTE, da Comissão Europeia, que valida a confiabilidade das análises. Assim, os resultados obtidos são livres de interferências causadas pelo próprio pólen — algo que representa um grande desafio em métodos tradicionais.

  • Claudio P. Filla

    Sou Cláudio P. Filla, formado em Comunicação Social e Mídias Sociais. Atuo como Redator e Curador de Conteúdo do Agronamidia. Com o apoio de uma equipe editorial de especialistas em agronomia, agronegócio, veterinária, desenvolvimento rural, jardinagem e paisagismo, me dedico a garantir a precisão e a relevância de todas as publicações.

    E-mail: [email protected]

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