Com o plantio do trigo concluído em todo o território nacional, a atenção do produtor se volta agora para as ameaças que podem comprometer a produtividade e a qualidade dos grãos. Entre elas, a giberela desponta como uma das mais preocupantes.
Causada pelo fungo Fusarium graminearum, a doença não apenas afeta o rendimento, mas também contamina os grãos com micotoxinas, o que pode inviabilizar sua comercialização e reduzir significativamente a lucratividade.
Impacto direto na produtividade e no valor do grão
A giberela se manifesta principalmente no período de formação das espigas e, quando não controlada, pode gerar perdas que variam de 12% a 25%. Em situações mais severas, o prejuízo ultrapassa 60%, comprometendo todo o trabalho investido na lavoura. Além da queda no volume colhido, a doença afeta a qualidade industrial do trigo, fator determinante para atender às exigências de moinhos e compradores.
Segundo agrônomos, a sanidade dos grãos é tão relevante quanto a produtividade. Grãos contaminados com micotoxinas perdem valor comercial e, muitas vezes, não encontram mercado. Isso significa que, mesmo colhendo em boa quantidade, a rentabilidade pode ser seriamente comprometida se a doença não for prevenida e controlada.
Manejo preventivo: chave para evitar perdas
O controle eficiente da giberela começa com a adoção de práticas preventivas. O momento ideal para a aplicação de fungicidas é quando cerca de 50% das espigas estão em florescimento, fase em que a planta se torna mais suscetível à infecção. Em regiões com previsão de chuva, a antecipação da pulverização pode ser determinante para evitar a disseminação do fungo.
O uso de produtos de ação multissítio é recomendado para garantir proteção tanto preventiva quanto curativa, ampliando o espectro de combate e reduzindo o risco de resistência do patógeno. A escolha do defensivo deve considerar também a eficiência comprovada contra Fusarium graminearum, de forma a potencializar os resultados e evitar reinfecções.