A força do campo brasileiro nunca foi tão clara quanto agora. Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, em relação ao último período de 2024. Esse salto tem uma explicação consistente: o desempenho recorde da agropecuária, que avançou 12,2% e puxou o crescimento econômico.
Entre os produtos que sustentam esse bom momento, o tabaco se destacou de forma impressionante. O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) revelou um crescimento de 25,2%, superando com folga outros campeões do campo como a soja, o arroz e o milho. Essa performance reforça o papel estratégico do agronegócio, que já representa cerca de 6% do PIB nacional apenas com a produção primária. Considerando toda a cadeia integrada — que inclui indústria, comércio e serviços —, o impacto sobe para expressivos 23%, de acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
O presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing, ressalta que o Brasil mantém há mais de 30 anos a liderança global em exportações de tabaco e segue firme como o segundo maior produtor mundial, atrás apenas da China. “Esse resultado reflete a solidez da cadeia produtiva, que dá suporte a cerca de 626 mil pessoas no meio rural e leva o produto a mais de 100 países”, afirma. Ele lembra que um dos segredos desse sucesso é o Sistema Integrado de Produção de Tabaco (SIPT), que une indústrias e produtores em um ciclo bem-estruturado. “Esse modelo permite planejar as safras com antecedência e garantir assistência técnica e financeira, resultando em matéria-prima de qualidade e em regularidade para o mercado”, explica.
Esse trabalho conjunto já mostra resultados concretos e inspira novas expectativas. Segundo a Deloitte, o setor pode encerrar 2025 com crescimento entre 10% e 15% nas exportações em relação ao ano anterior, superando a marca de US$ 3 bilhões em receita. Até o fim de maio, os embarques já ultrapassavam US$ 1,1 bilhão, o que reforça a posição estratégica do tabaco para o Brasil e aponta para um futuro ainda mais promissor.
“Esse avanço reflete o profissionalismo e a visão integrada da nossa produção”, reforça Thesing, demonstrando que o tabaco vai além de um simples produto agrícola: ele representa a capacidade do agronegócio nacional de inovar, gerar renda e projetar o nome do Brasil em todo o planeta.
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