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Espatódea: a flor encantadora que ameaça abelhas e desequilibra ecossistemas

Embora encante pelas cores vibrantes, a tulipeira-do-gabão esconde um veneno silencioso contra polinizadores brasileiros

by Claudio P. Filla
17 de outubro de 2025
in Natureza
Foto: marcellaazal

Foto: marcellaazal

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Resumo

A espatódea, também chamada de tulipeira-do-gabão, é uma árvore africana de aparência exuberante, mas tóxica para abelhas e polinizadores essenciais ao equilíbrio ambiental brasileiro.
Substâncias presentes no néctar, pólen e mucilagem da planta causam a morte de abelhas nativas e prejudicam até a Apis mellifera, afetando diretamente a polinização e a produção agrícola.
Santa Catarina proibiu o cultivo da espécie por lei estadual, com multa de R$ 1.000 por árvore, incentivando a substituição por espécies nativas como ipês, aroeiras e ingás.
Especialistas alertam que, embora ornamental, a espatódea representa uma perda ecológica ao ocupar o lugar de árvores que alimentam a fauna local e mantêm o ciclo natural da flora.
Cidades já iniciaram o mapeamento e remoção da planta, reforçando que o manejo de espécies invasoras é responsabilidade de prefeituras, viveiristas e da população.

Ela floresce em laranjas intensos que brilham sob o sol. Suas pétalas exuberantes atraem olhares em ruas, praças e jardins. A espatódea (Spathodea campanulata), também chamada de tulipeira-do-gabão, chama-da-floresta ou bisnagueira, é uma árvore originária da África tropical que se adaptou facilmente ao clima brasileiro. No entanto, essa adaptação custou caro para os nossos ecossistemas. Por trás de sua estética ornamental, esconde-se uma ameaça silenciosa e letal: suas flores são tóxicas para abelhas nativas e outros polinizadores essenciais.

Segundo o biólogo Gilberto Ademar Duwe, da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente, “por trás da exuberância da espatódea está um impacto agressivo para as indefesas abelhas. No Brasil, nossos polinizadores não estão adaptados às toxinas dessa flor”. Isso significa que, embora visualmente encantadora, essa árvore representa uma armadilha química para espécies como as abelhas-sem-ferrão — fundamentais para a polinização da flora nativa e até para a produção agrícola.

A toxina invisível que ameaça o equilíbrio ambiental

Estudos recentes comprovaram que a espatódea contém substâncias tóxicas em seu néctar, pólen e na mucilagem que se acumula em suas flores. Esse coquetel natural compromete não apenas a sobrevivência de polinizadores nativos, mas também prejudica a Apis mellifera, espécie introduzida que responde por grande parte da produção de mel no Brasil. O impacto direto é sentido na biodiversidade, mas seus efeitos se espalham — silenciosamente — para as lavouras, florestas e até para os jardins urbanos.

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Para o engenheiro agrônomo Leonardo Franco Sanches, especialista em flora exótica e restauração ambiental, a espatódea ilustra o risco de valorizar a estética acima da função ecológica. “A planta tem apelo visual, mas ecologicamente é inócua ou até perigosa em muitos contextos. Quando ela substitui espécies nativas, perde-se não só uma árvore, mas um elo inteiro da cadeia biológica”, alerta.

Espécie proibida em Santa Catarina: a lei e a reação das cidades

Diante dos impactos ambientais, o estado de Santa Catarina deu um passo firme na contenção da planta. A Lei Estadual nº 17.694/2019 proíbe o plantio, a produção e a manutenção da espatódea em todo o território catarinense. A norma ainda prevê multa de R$ 1.000 por árvore, com valor dobrado em caso de reincidência, e recomenda que a espécie seja substituída por árvores nativas, como ipês, aroeiras, ingás, canafístulas e corticeiras, que favorecem a biodiversidade e não oferecem risco à fauna.

Cidades como Jaraguá do Sul iniciaram o mapeamento das árvores e já notificam proprietários para realizar a remoção em até 60 dias. O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) reforça que o manejo da flora exótica não é uma responsabilidade exclusiva do poder público, mas de viveiristas, prefeituras e cidadãos.

ℹ️ Nota de contexto ambiental:
As informações deste artigo têm caráter educativo e informativo, com base em dados científicos e legislação vigente.
A remoção ou substituição de espécies exóticas deve ser feita apenas com orientação de órgãos ambientais locais ou profissionais especializados.

  • Claudio P. Filla

    Sou Cláudio P. Filla, formado em Comunicação Social e Mídias Sociais. Atuo como Redator e Curador de Conteúdo do Agronamidia. Com o apoio de uma equipe editorial de especialistas em agronomia, agronegócio, veterinária, desenvolvimento rural, jardinagem e paisagismo, me dedico a garantir a precisão e a relevância de todas as publicações.

    E-mail: [email protected]

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