A chegada de uma nova moradora ao Zoológico de Curitiba marcou a manhã da última quarta-feira (24/9). A protagonista da vez é a gata-maracajá batizada de Maracujá — nome escolhido com carinho pelos seguidores das redes sociais da Prefeitura de Curitiba. Com hábitos noturnos e temperamento curioso, a felina agora tem à disposição um ambiente de 64 metros quadrados repleto de vegetação, tocas e espaço para explorar seu novo território.
Aliás, a mudança representa mais do que uma nova casa para a felina vinda de Londrina. Maracujá agora faz parte do setor dos pequenos felinos, uma área revitalizada no alto do zoológico, ao lado do antigo espaço das onças-pintadas e pumas. O recinto fica próximo ao quiosque de piqueniques e ao setor do camelo, em um trecho arborizado que convida os visitantes a observarem de perto espécies raras da fauna brasileira.
Um ambiente adaptado à rotina da espécie
Como é típico das gatas-maracajás, Maracujá tende a se manter longe da luz direta e prefere se movimentar ao entardecer ou durante a noite. Por isso, nas primeiras semanas, os visitantes mais atentos talvez precisem de paciência para flagrar os movimentos discretos da felina em meio à vegetação. Ainda assim, o recinto oferece diferentes perspectivas e pontos de observação que favorecem o encontro entre público e natureza.

A ambientação foi pensada para simular elementos do habitat original da espécie, que vive em florestas tropicais e subtropicais. Tocas, passarelas de madeira e áreas sombreadas compõem o espaço, respeitando o comportamento reservado da Maracujá.
Casal de gatos-palheiros é novo vizinho da Maracujá
Além da gata-maracajá, o setor recebeu, recentemente, um casal de gatos-palheiros-do-pantanal. Eles chegaram ao zoo no dia 18/9, vindos do Rio Grande do Sul, após um processo de resgate e reabilitação. A dupla foi realocada para Curitiba com o objetivo de integrar um programa de reprodução monitorada, já que pertencem a uma espécie que enfrenta risco crescente de extinção.
Com 3,7 quilos (o macho) e 3,9 quilos (a fêmea), os novos moradores se mostram saudáveis e bem adaptados ao recinto, compartilhando o ambiente com outro felino nativo: o gato-mourisco. O setor dedicado aos pequenos felinos é parte de uma transformação estrutural que começou em 2024 e redesenhou completamente o espaço destinado aos carnívoros do zoológico.
Uma nova fase para os felinos do zoológico
Desde a reestruturação, os grandes felinos ganharam recintos mais amplos e especializados. Agora, onças-pintadas como Cacau — uma das últimas panteras negras da Mata Atlântica — vivem em espaços nove vezes maiores do que os anteriores. No mesmo setor, também habitam as onças Raoni e Maya, as pumas Juma, Gordo e Mali, e a jaguatirica Bagheera, cada um em ambiente projetado para suas necessidades comportamentais.
Enquanto isso, o setor dos pequenos felinos passou a abrigar espécies discretas, mas igualmente fascinantes. Com a presença da Maracujá, do casal de gatos-palheiros e do gato-mourisco, a área se torna um ponto de interesse não apenas para quem aprecia a fauna brasileira, mas também para quem busca contato mais íntimo com espécies menos conhecidas, porém ameaçadas.
Visite o Zoológico de Curitiba
Aberto de terça a domingo, das 10h às 16h, o Zoológico de Curitiba convida o público a explorar as trilhas que conduzem aos recintos e a descobrir, em meio à vegetação do Alto Boqueirão, histórias como a da Maracujá — símbolo de esperança, conservação e beleza selvagem. A entrada é gratuita, e o espaço se renova constantemente com novas espécies, ações de educação ambiental e iniciativas de proteção à biodiversidade.