Nos últimos meses, o mercado de trabalho brasileiro mostrou sinais consistentes de recuperação, e julho confirmou a tendência positiva. O setor agropecuário se destacou como o principal motor dessa expansão, reforçando a relevância do campo para a economia nacional.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura registraram alta de 2,7% na ocupação, somando 206 mil trabalhadores a mais no trimestre encerrado em julho.
Avanço expressivo no mercado de trabalho
Esse desempenho do agronegócio foi determinante para a queda da taxa de desocupação, que atingiu 5,6% — o menor patamar desde 2012. A retração representa 1 ponto percentual a menos em relação ao trimestre anterior e recuo de 1,2 ponto frente ao mesmo período do ano passado. O movimento foi acompanhado também por setores como transporte, informação e comunicação, indústria e administração pública, que contribuíram para o crescimento da população ocupada em 1,2% no trimestre e 2,4% em 12 meses.
Desemprego em queda e recorde de ocupados
O contingente de desempregados foi estimado em 6,1 milhões de pessoas, o que equivale a uma redução de 14,2% no trimestre e de 16% em relação a 2024. Com isso, a população ocupada atingiu um recorde histórico de 102,4 milhões de trabalhadores. O nível de ocupação, que mede a proporção de pessoas empregadas em relação à população em idade de trabalhar, alcançou 58,8%.
Outro destaque da pesquisa é a queda da taxa composta de subutilização da força de trabalho, que recuou para 14,1% — o menor valor da série iniciada em 2012. O índice contempla não apenas os desempregados, mas também os subocupados por insuficiência de horas e os desalentados. No total, o número de brasileiros subutilizados foi estimado em 16,1 milhões, o que representa redução de 1,6 milhão em três meses e de 2,3 milhões em relação ao ano anterior.
Rendimento e massa salarial em alta
Além da melhora nos indicadores de ocupação, os rendimentos também apresentaram crescimento. O rendimento médio real habitual chegou a R$ 3.484, aumento de 1,3% em comparação com o trimestre anterior e de 3,8% em 12 meses. Já a massa de rendimentos — que soma todos os ganhos do trabalho no país — alcançou R$ 352,3 bilhões, novo recorde histórico.
 


