Resumo
• A Anvisa suspendeu a venda, distribuição e consumo do vinagre de maçã Castelo após detectar dióxido de enxofre não declarado no rótulo.
• O recolhimento envolve o lote 12M2, fabricado pela Castelo Alimentos S/A, e tem alcance nacional.
• O laudo do Lacen-DF confirmou a presença do composto químico em quantidade irregular, levando à reprovação do lote.
• A falta de transparência na rotulagem impede que consumidores sensíveis identifiquem riscos à saúde.
• A agência reforça que o produto não deve ser consumido e que a empresa deve recolher as unidades distribuídas.
A decisão que levou o vinagre de maçã da marca Castelo a ser retirado das prateleiras brasileiras ganhou repercussão imediata, não apenas pela popularidade do produto, mas também pela gravidade do que foi encontrado em laboratório. Nesta quarta-feira (26), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão total da venda, distribuição e consumo do lote 12M2, fabricado pela Castelo Alimentos S/A, após constatar a presença de dióxido de enxofre — um aditivo cuja informação não constava no rótulo.
A medida, de alcance nacional, envolve ainda o recolhimento imediato das unidades distribuídas no mercado, reforçando a importância da rastreabilidade e do controle rigoroso na cadeia de alimentos industrializados. Assim, o episódio reacende o debate sobre transparência nas rotulagens e responsabilidade sanitária.
O que motivou a proibição do vinagre de maçã Castelo
A intervenção da Anvisa ocorreu depois da emissão do Laudo de Análise Fiscal Definitivo pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) do Distrito Federal. O documento oficial reprovou o lote analisado no teste destinado a quantificar dióxido de enxofre, indicando que a substância estava presente, porém não declarada na embalagem, o que contraria a legislação sanitária vigente.
Segundo a própria Anvisa, o dióxido de enxofre — utilizado em diversos processos industriais — pode desencadear reações adversas em consumidores sensíveis. A agência alerta que, quando não informado na rotulagem, o composto representa risco à saúde, já que impede que pessoas alérgicas ou intolerantes identifiquem previamente a presença do aditivo químico.
Por que o dióxido de enxofre preocupa as autoridades sanitárias
Embora seja empregado como conservante em alguns alimentos, o dióxido de enxofre exige regras rígidas de uso. A legislação determina não apenas limites para sua presença, mas também declaração obrigatória no rótulo sempre que detectado em quantidades acima do permitido. Quando essa informação é omitida, o consumidor perde a capacidade de tomar decisões seguras — especialmente indivíduos que possuem histórico de alergias ou sensibilidade respiratória.
Por isso, a Anvisa classificou o caso como violação sanitária de risco, ativando imediatamente os protocolos que orientam recolhimentos e proibições temporárias.
Medidas imediatas adotadas pela Anvisa
Além de impedir a comercialização do vinagre, a agência determinou que a empresa responsável providencie o recolhimento total das unidades distribuídas. A suspensão é válida em todo o território nacional e se mantém até que a fabricante adeque seus processos e apresente conformidade total às normas de segurança alimentar.
A Anvisa reforça que consumidores que adquiriram o produto não devem consumi-lo e podem buscar orientação tanto no serviço de atendimento ao consumidor da empresa quanto nos canais oficiais da agência.



