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Brasif unifica marca no agro e acelera estratégia de expansão

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Brasif unifica marca no agro e acelera estratégia de expansão
Resumo

• A Brasif consolida marca única no agronegócio ao descontinuar a Maxum, alinhando identidade e estratégia para sustentar um plano de expansão nos próximos anos.
• A empresa mira crescimento no Nordeste e Centro-Oeste, regiões consideradas estratégicas para ampliar presença e fortalecer operações.
• O rebranding ocorre em um momento de recuperação gradual do agro, ainda marcado por crédito caro, inadimplência elevada e critérios mais rígidos de financiamento.
• Mesmo com cenário desafiador, a Brasif registrou demanda antecipada por colheitadeiras em 2025, comportamento atípico que impulsionou resultados.
• Com faturamento anual de R$ 2 bilhões, o grupo quer elevar de 25% para 40% a participação do agro no negócio, apoiado em expansão territorial e maior integração com a Case.

A decisão da Brasif de adotar uma marca única no agronegócio marca o início de um ciclo estratégico que vai além de um simples rebranding. Desde a incorporação da Maxum, em 2024, a companhia buscou preservar as duas identidades para garantir uma transição mais suave aos clientes, mas agora, após um ano de convivência, considera o momento apropriado para consolidar a nova etapa. O movimento, contudo, reflete mais do que uma mudança visual: ele expressa uma visão clara de expansão, posicionamento e fortalecimento no setor.

A adoção de uma marca única também reforça o peso da empresa como o maior distribuidor Case do mundo, elemento que, segundo seus executivos, deve contribuir diretamente para ampliar a confiança de produtores e instituições financeiras. Num mercado altamente competitivo, o valor simbólico do nome se converte em capital estratégico.

Uma transição que prepara o caminho para crescer

O período de adaptação entre Maxum e Brasif foi pensado para não romper vínculos construídos ao longo de anos, especialmente no Nordeste, onde a presença da companhia é mais sólida. Entretanto, com a operação já integrada, a empresa avança para uma identidade homogênea capaz de sustentar um plano de expansão estruturado para cinco anos.

Atualmente, a Brasif opera cinco lojas, quatro na Bahia e uma no Piauí. Embora não haja negociações formalizadas, o grupo monitora regiões consideradas naturalmente sinérgicas com seu modelo de atuação, sobretudo o Nordeste e o Centro-Oeste, polos que concentram projeções relevantes de crescimento agrícola. Como explica Rodrigo Bastos Cavalcante, COO da empresa, o foco agora está em mapear oportunidades capazes de acelerar a presença territorial sem comprometer eficiência ou qualidade de atendimento.

Agronegócio em recuperação e desafios de financiamento

O avanço da empresa ocorre em um momento em que o agronegócio ainda se recompõe de um ciclo complexo. O setor, que viveu níveis recordes em 2022, atravessou dois anos de ajustes, especialmente em função da alta do custo do crédito e das mudanças no padrão de incentivos. A Brasif manteve seus investimentos mesmo em cenário adverso, apostando na normalização gradual do mercado.

Para Cavalcante, a recuperação depende sobretudo da queda nos índices de inadimplência, etapa indispensável para o destravamento das linhas de financiamento rural. Hoje, a combinação entre juros elevados e critérios mais rígidos dos bancos cria um ambiente que alonga negociações e reduz o ritmo natural das vendas. Ainda assim, o executivo destaca que a demanda represada começa a se manifestar, especialmente entre produtores que precisam renovar sua frota para manter competitividade.

Mudanças de comportamento impulsionam resultados

Apesar das limitações macroeconômicas, a empresa registrou um comportamento incomum do mercado em 2025. Historicamente, concessionárias não concentram grandes volumes de venda de colheitadeiras no segundo semestre. Entretanto, neste ano houve antecipação da procura antes da safra, alterando a dinâmica habitual e sustentando um desempenho acima das expectativas.

O fortalecimento da marca Brasif também deve gerar efeitos regionais. Como destaca Cavalcante, “o nome Brasif tem um peso que se traduz em confiança. Isso terá repercussão forte na nossa área de atuação”. A percepção de solidez institucional se torna ainda mais relevante quando se observa o ticket médio das máquinas comercializadas, que gira em torno de R$ 1,5 milhão por unidade — um indicativo da relevância econômica do segmento dentro do portfólio.

Estratégia para ampliar participação no agro

O conglomerado, que atua em diversos segmentos de bens de capital, registra faturamento anual próximo a R$ 2 bilhões. Desse montante, cerca de 25% já provêm do agronegócio. A meta da companhia é elevar esse índice para 40% nos próximos quatro anos, apoiando esse crescimento em três pilares: expansão territorial, ampliação da oferta e integração mais robusta com a Case.

Ao unificar sua marca, a Brasif cria condições para operar de forma mais coesa, alinhando comunicação, estrutura comercial e posicionamento estratégico. A mudança se soma ao fortalecimento de sua rede e ao interesse crescente de clientes que buscam parceiros capazes de entregar tecnologia, suporte e segurança em um setor altamente sensível a riscos climáticos e financeiros.

  • Brasif unifica marca no agro e acelera estratégia de expansão

    Sou Cláudio P. Filla, formado em Comunicação Social e Mídias Sociais. Atuo como Redator e Curador de Conteúdo do Agronamidia. Com o apoio de uma equipe editorial de especialistas em agronomia, agronegócio, veterinária, desenvolvimento rural, jardinagem e paisagismo, me dedico a garantir a precisão e a relevância de todas as publicações.

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