Resumo
* Projeto de lei do deputado Marcelo Rangel propõe levar cursos técnicos e capacitação profissional às zonas rurais do Paraná, com apoio de universidades e institutos federais.
* A proposta visa aproximar o conhecimento técnico das necessidades do agronegócio, incentivando jovens a permanecerem no campo e impulsionando a inovação na produção agrícola.
* As instituições poderão ofertar cursos em áreas como manejo de solo, irrigação, agroindústria, práticas sustentáveis e tecnologia aplicada ao setor rural.
* A iniciativa não gera despesas obrigatórias ao Estado, sendo viabilizada por meio de parcerias, convênios e disponibilidade orçamentária.
* O projeto busca promover desenvolvimento regional equilibrado, sustentabilidade e valorização do trabalho no campo, alinhando-se aos princípios da Constituição.
Uma iniciativa legislativa pode ampliar ainda mais esse potencial, apostando no que há de mais essencial para o futuro do setor: a formação técnica de quem vive e trabalha no campo. Apresentado pelo deputado estadual Marcelo Rangel (PSD), o projeto de lei propõe levar cursos técnicos e programas de capacitação profissional diretamente às comunidades rurais do Paraná, com o apoio de universidades, institutos federais e instituições de ensino profissionalizante.
A medida, segundo o autor da proposta, visa romper uma barreira histórica entre o saber acadêmico e a vida rural, aproximando o conhecimento técnico das demandas práticas do agronegócio regional. Para Rangel, o desafio não é apenas melhorar índices de produtividade, mas garantir que os jovens permaneçam no campo com oportunidades reais de desenvolvimento pessoal e profissional. “Levar ensino técnico até o interior é investir na permanência das novas gerações e na inovação da produção agrícola”, afirma.
Democratização do conhecimento para fortalecer o agro
O projeto abre caminho para que instituições públicas e privadas promovam oficinas, cursos e treinamentos técnicos em áreas fundamentais como manejo de solo, irrigação, agroindústria, controle de pragas, sustentabilidade e novas tecnologias aplicadas ao setor. Tudo isso com foco direto na realidade do campo, respeitando as peculiaridades regionais e contribuindo para a evolução das cadeias produtivas locais.
Ao contrário de muitas iniciativas semelhantes, a proposta não cria obrigações financeiras automáticas ao Estado. Sua implementação dependerá da disponibilidade orçamentária e do interesse das instituições de ensino envolvidas, além da possibilidade de convênios ou parcerias com o Poder Executivo.
Inovação e valorização do interior
Na justificativa do projeto, Rangel defende que a capacitação técnica é um motor de transformação econômica e social. Além de potencializar a produtividade rural, o acesso ao conhecimento qualificado fortalece a sustentabilidade ambiental e promove a equidade entre regiões urbanas e rurais. “Trata-se de uma medida prática, que valoriza o trabalho do produtor e amplia horizontes para os jovens do interior”, reforça.
O texto apresentado à Assembleia Legislativa também está alinhado aos princípios constitucionais que determinam a promoção do ensino, da tecnologia e do desenvolvimento rural sustentável como dever do Estado. Segundo o deputado, a proposta coloca o Paraná em uma posição de vanguarda ao enxergar o campo como espaço estratégico para a formação de mão de obra especializada e difusão de inovação.
Caso aprovado, o projeto poderá ser um marco para a interiorização da educação técnica no Estado, consolidando o Paraná como referência nacional em capacitação voltada ao setor agropecuário. “A inovação precisa ser acessível a todos, inclusive — e principalmente — àqueles que fazem o agronegócio acontecer todos os dias nas zonas rurais do nosso Estado”, conclui Rangel.



