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Estudantes baianos criam fertilizante sustentável a partir de caranguejo

Jovens do SESI Bahia transformam resíduos descartados na região em uma solução agrícola promissora que já conquista prêmios nacionais

by Claudio P. Filla
3 de dezembro de 2025
in Noticias
Estudantes baianos criam fertilizante sustentável a partir de caranguejo
Resumo
  • Jovens do SESI Bahia transformam restos de caranguejo em um fertilizante sustentável que já conquista prêmios científicos e chama atenção nacional.
  • O projeto BioH+ nasceu da observação de um problema ambiental em Ilhéus e evoluiu graças ao incentivo da iniciação científica escolar.
  • Nicolas Yudi e Ana Cecília Assis desenvolveram a solução com apoio do professor Glauber Guimarães, ampliando o impacto do trabalho em feiras e eventos.
  • A metodologia científica do SESI também inspirou outras trajetórias, como a de Luiza Gabriella, hoje premiada em hackathons e área tecnológica.
  • A pesquisa escolar mostra seu poder transformador ao revelar estudantes capazes de criar soluções reais e sonhar com negócios sustentáveis.

Nas ruas de Ilhéus, onde os manguezais sustentam a cultura local há gerações, o jovem Nicolas Yudi, de apenas 17 anos, começou a enxergar um problema que se repetia diariamente. Restos de caranguejo — cascas, patas, carapaças — eram descartados sem qualquer tratamento, acumulando-se como resíduo e gerando impactos tanto ambientais quanto sanitários. Foi nesse cenário tão cotidiano quanto incômodo que surgiu a inquietação que mudaria sua relação com a ciência. Nicolas percebeu que ali poderia existir mais do que lixo: poderia existir solução.

Ao lado de Ana Cecília Assis, colega na Escola SESI Adonias Filho, ele desenvolveu o BioH+, um fertilizante natural produzido a partir desses resíduos do crustáceo. O produto, além de dar destino correto ao material descartado, corrige solos agrícolas e oferece uma alternativa sustentável para produtores da região. Assim, o que antes carregava aparência de rejeito transformou-se em um insumo capaz de devolver vida à terra.

A proposta chamou atenção rapidamente. A dupla conquistou o primeiro lugar na Batalha da Semana da Inovação, realizada em Ilhéus, e garantiu vaga na final da Feira Internacional de Iniciação Científica (FENIC), promovida pelo SESI Bahia em dezembro de 2024. Não foi apenas uma conquista acadêmica; foi a prova de que ideias nascidas da comunidade têm força para redesenhar realidades quando encontram orientação e espaço para crescer.

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“A escola nunca tratou ciência como algo distante da gente”, explica Nicolas, lembrando o incentivo constante dos professores. “Desde cedo, fomos estimulados a olhar para os problemas ao nosso redor e entender que a pesquisa pode nascer exatamente ali.”

Quando a escola se torna um laboratório vivo

O ambiente que permitiu que o BioH+ ganhasse forma é parte do programa de iniciação científica desenvolvido nas unidades do SESI Bahia. A proposta é simples, mas transformadora: estimular a curiosidade e guiar os estudantes para que suas dúvidas se tornem experimentos, projetos e soluções reais. Foi assim que o professor Glauber Guimarães, orientador da unidade de Ilhéus, acompanhou cada etapa da pesquisa, ajudando a transformar inquietações em perguntas científicas e, depois, em um produto funcional.

“Sempre procuro estimular essa visão investigativa, instigando perguntas e mostrando caminhos possíveis”, conta Glauber, que viu o projeto amadurecer com o comprometimento da dupla. Segundo ele, o trabalho não surgiu pronto; nasceu de observações do cotidiano, cresceu com metodologias adequadas e se fortaleceu à medida que ganhou visibilidade nas feiras científicas.

Esses eventos, aliás, funcionam como portas que se abrem para jovens pesquisadores. “Conhecer outros estudantes e receber feedback profissional me deu mais confiança”, afirma Nicolas. De repente, o que antes parecia uma solução local se mostrou capaz de dialogar com desafios ambientais mais amplos e, ao mesmo tempo, de inspirar outras trajetórias semelhantes.

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Da iniciação científica ao mundo da tecnologia: caminhos que se ampliam

A história de Nicolas não é única. A metodologia do SESI Bahia já marcou profundamente outros estudantes, como Luiza Gabriella dos Santos, que iniciou sua jornada científica no 9º ano e encontrou ali o ponto de virada para sua carreira. Hoje com 22 anos e cursando Engenharia de Software, Luiza soma prêmios em hackathons e destaca como a iniciação científica moldou seu olhar para a inovação.

“A iniciação científica me provocou uma inquietude voltada para projetos com impacto social”, afirma ela, que recentemente alcançou o primeiro lugar no Hackathon de Inovação em Saúde do SESI Bahia, criando um aplicativo voltado ao agendamento de consultas. A base técnica e a vivência colaborativa construídas na escola serviram, segundo a própria ex-aluna, como trampolim para sua atuação atual nas áreas de gestão de projetos, análise de dados e desenvolvimento tecnológico.

Inovação que transforma vidas — e futuros possíveis

As trajetórias de Nicolas e Luiza evidenciam como a ciência, quando cultivada dentro da escola, ultrapassa os limites do currículo. Ela não prepara apenas para vestibulares; prepara para enxergar o mundo com coragem investigativa, capacidade analítica e consciência social. Como resume o professor Glauber, “quando um aluno encontra orientação e um espaço de validação como a FENIC ou o Bahia Tech Experience, ele entende que suas ideias podem alcançar impacto real”.

Enquanto isso, Nicolas continua aprofundando o BioH+, ajustando fórmulas, estudando aplicações e sonhando com a possibilidade de transformar o fertilizante em um produto acessível para produtores rurais da região. O que começou como uma inquietação diante do descarte inadequado agora se desenha como um futuro negócio — e como um exemplo inspirador do potencial da juventude quando ciência, território e propósito se encontram.

E pensar que tudo começou com restos de caranguejo que, até então, ninguém sabia ao certo para onde iriam. Hoje, eles abrem portas, constroem carreiras e mostram que inovação pode nascer justamente onde poucos imaginam.

  • Claudio P. Filla

    Sou Cláudio P. Filla, formado em Comunicação Social e Mídias Sociais. Atuo como Redator e Curador de Conteúdo do Agronamidia. Com o apoio de uma equipe editorial de especialistas em agronomia, agronegócio, veterinária, desenvolvimento rural, jardinagem e paisagismo, me dedico a garantir a precisão e a relevância de todas as publicações.

    E-mail: [email protected]

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