Resumo
- A FAPESP marca presença na COP30 com uma agenda robusta que destaca a contribuição científica brasileira no combate às mudanças climáticas globais.
- Pesquisadores dos programas BIOEN, BIOTA, PROASA, Amazônia+10 e CEPIDs participam de debates nas zonas Azul, Verde e em locais estratégicos de Belém.
- A fundação organiza painéis sobre bioenergia, sociobioeconomia amazônica, transição energética e cooperação entre países do Sul Global até 2050.
- Iniciativas como o Amazônia+10 ganham destaque por valorizar ciência colaborativa, saberes tradicionais e protagonismo das populações locais.
- A participação reforça o papel de São Paulo como polo de inovação climática, conectando universidades, centros de pesquisa e políticas públicas.
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, já começa a desenhar um novo capítulo para o enfrentamento da crise ambiental global — e a presença da FAPESP na cúpula reforça o papel estratégico da ciência brasileira nesse processo. Ao integrar uma série de eventos oficiais e paralelos, a fundação busca mostrar como programas de pesquisa apoiados em São Paulo vêm contribuindo diretamente para o desenvolvimento de políticas públicas sustentáveis, transição energética, valorização da biodiversidade e adaptação climática.
De 11 a 22 de novembro, pesquisadores vinculados a diversos programas estruturantes da FAPESP estarão presentes em Belém (PA), tanto na Zona Azul — espaço de negociações formais e de diálogo internacional entre países — quanto na Zona Verde, onde organizações da sociedade civil e instituições públicas e privadas apresentam projetos e experiências.
Além dessas duas frentes, a fundação também atua em programações paralelas, como no Espaço Amazônia Sempre, localizado no tradicional Museu Emílio Goeldi, reforçando o caráter plural e multidisciplinar das iniciativas apoiadas pela instituição.
Ciência brasileira em pauta nos debates globais
Logo no primeiro dia de atividades, os pesquisadores vinculados ao Programa de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN) participaram de discussões sobre financiamento verde, agricultura sustentável e produção integrada de alimentos e biocombustíveis. Ainda no dia 11, especialistas do Centro de Pesquisa para Transições Sustentáveis (Bridge) levaram suas contribuições a um painel sobre a gestão integrada de ecossistemas e economia circular — evento promovido pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial.
No dia seguinte, o foco se volta ao oceano: a FAPESP organiza, em parceria com a Cátedra Unesco de Sustentabilidade Oceânica da USP, um encontro estratégico dentro da agenda “Ciências Oceânicas na COP30”. O objetivo é reunir instituições de excelência para fortalecer o legado da Década dos Oceanos da ONU, um movimento global que busca transformar a ciência marinha em ação efetiva.
Amazônia em destaque nas vozes da ciência
Outro programa de grande destaque na COP30 é o Amazônia+10, que mobiliza uma rede de projetos voltados à sociobioeconomia, desenvolvimento sustentável e protagonismo de populações amazônicas. A programação inclui debates com instituições nórdicas sobre integração de saberes e cooperação climática — uma articulação com o pavilhão da Finlândia —, além de painéis sobre ciência colaborativa com liderança local amazônida, que ocorrerão no pavilhão da Universidade Federal do Pará no dia 20 de novembro.
A iniciativa também estará presente na World Climate Summit, com uma mesa sobre alternativas sustentáveis de desenvolvimento na região, marcada para o dia 14.
Transição energética e cooperação internacional
Já no sábado, 15 de novembro, a fundação organiza uma mesa-redonda sobre descarbonização até 2050, com foco em oportunidades de cooperação entre países do Sul Global. O painel trará discussões entre representantes da África do Sul, China, Indonésia e Índia — reforçando o papel da ciência como ponto de convergência entre nações com desafios socioambientais comuns.
Além disso, a FAPESP marcará presença em um debate programado para o dia 19 de novembro, sobre o papel da ciência e tecnologia nacionais no enfrentamento da crise climática, com destaque para as soluções aplicadas desenvolvidas por universidades e centros de pesquisa brasileiros.
Um recado da ciência brasileira para o mundo
A presença ativa da FAPESP na COP30 deixa clara a disposição do Brasil — e, em especial, do estado de São Paulo — em liderar, por meio da ciência, respostas concretas e sustentáveis às mudanças climáticas. Ao apresentar resultados, propor soluções e promover diálogos intercontinentais, a fundação não apenas compartilha conhecimento, mas também reivindica espaço para o protagonismo científico latino-americano em um dos maiores desafios do século XXI.
A programação completa da participação da FAPESP na COP30 está disponível em: agencia.fapesp.br/55993



