Em meio às vastas paisagens da região Médio-Norte de Mato Grosso, agricultores familiares de Tangará da Serra, Nova Olímpia e Nortelândia celebraram um novo capítulo em suas trajetórias produtivas. O dia 18 de julho marcou mais do que uma entrega simbólica: representou um passo concreto rumo à autonomia e ao desenvolvimento sustentável no campo.
Durante cerimônia no Assentamento Antônio Conselheiro, Agrovila II, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, liderou a entrega de máquinas e equipamentos agrícolas que beneficiarão diretamente quatro assentamentos da região. A iniciativa integra o Programa Estratégico de Fortalecimento Estrutural de Assentamentos Rurais e Sustentabilidade da Agricultura Familiar em Mato Grosso, que vem redesenhando a realidade de centenas de produtores no estado.
Ao discursar para os assentados, Fávaro ressaltou o momento de reconstrução que o país atravessa, enfatizando a importância do investimento público na vida de quem sustenta a produção de alimentos. “Estamos tratando o campo com o respeito que ele merece. Só neste ano, mais de R$ 89 bilhões estão sendo destinados exclusivamente à agricultura familiar. Isso significa comida no prato, renda nas comunidades rurais e oportunidade real para quem vive da terra”, afirmou o ministro.
Além dos recursos destinados ao maquinário, o programa contempla assistência técnica contínua, capacitação e a promoção de tecnologias que aumentem a produtividade sem comprometer o equilíbrio ambiental. A aposta na estruturação de pequenas propriedades tem sido, segundo o ministro, a base para construir um modelo de agricultura mais justo e competitivo. “Com patrulhas mecanizadas, crédito acessível, inspeção agroindustrial e regularização fundiária, garantimos inclusão e desenvolvimento. É isso que move esse governo”, completou.

O prefeito de Tangará da Serra, Vander Masson, reforçou a importância estratégica da ação para o município, que abriga cerca de 1.500 pequenas propriedades rurais. “Cada máquina entregue hoje representa dignidade e capacidade produtiva para essas famílias. É o tipo de política pública que realmente chega onde precisa e valoriza o agricultor familiar, que tem papel fundamental na segurança alimentar”, comentou.
Entre as entidades atendidas estão a Cooperativa Regional de Produção Agropecuária da Agricultura Familiar (COOPRAF) e a Cooperativa Mista de Produção, Serviço e Comércio Alto da Serra (COOPROSC), ambas de Tangará da Serra, além da Associação Produzindo Melhor, que atua nos assentamentos Nova Conquista e Oziel Alves Pereira, em Nova Olímpia, e a COOPRAF do Assentamento Maria Bem Vinda, em Nortelândia.
Para Valdir Alves da Silva, presidente da COOPRAF e liderança no Assentamento Antônio Conselheiro, a chegada das máquinas é fruto de anos de mobilização e articulação entre movimentos sociais e representantes políticos da região. “Essa conquista mostra o quanto é possível avançar quando o governo escuta as bases. O fortalecimento das cadeias produtivas e o apoio estrutural mudam não só o modo de produzir, mas a vida no campo como um todo”, afirmou.
Valdir também destacou que a ampliação da infraestrutura permitirá ganhos significativos na produtividade, melhorando o acesso das famílias ao mercado e elevando a qualidade nutricional dos alimentos cultivados. “Com assistência técnica e capacitação, o potencial de transformação é enorme. Estamos falando de inclusão real, que respeita o ritmo e o conhecimento de quem vive da terra”, acrescentou.
O investimento destinado aos assentamentos contemplados nesta etapa supera R$ 2 milhões. Além do maquinário, os produtores contarão com apoio técnico e acompanhamento das boas práticas de cultivo e manejo, viabilizados por meio da parceria entre o Ministério da Agricultura e Pecuária e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Lançado oficialmente ainda no primeiro semestre deste ano, o programa já beneficiou comunidades rurais em Pedra Preta, Rondonópolis, São José do Povo, Campo Verde, Várzea Grande, Sinop, Cláudia, Itaúba e Sorriso. A proposta está estruturada em quatro pilares: fortalecimento das cadeias produtivas, assistência técnica, capacitação e gestão de resultados.
Segundo o Mapa, o modelo busca tornar a agricultura familiar mais competitiva em Mato Grosso, promovendo o uso de tecnologia de forma inclusiva. Ao transformar o acesso a insumos e maquinário, o programa aposta no protagonismo de pequenos agricultores e cooperativas como motores de um desenvolvimento rural mais equitativo e sustentável.
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