Em um esforço para minimizar os impactos causados pelas intempéries climáticas, o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) anunciou a liberação de R$ 31,3 milhões voltados à recuperação de lavouras afetadas por geadas severas. Os recursos fazem parte do total de R$ 7,187 bilhões previstos para a safra 2025/2026, reafirmando o papel estratégico do fundo na sustentação da cafeicultura nacional diante de adversidades climáticas.
A medida, divulgada pelo Conselho Nacional do Café (CNC), oferece um alívio imediato aos produtores que viram parte significativa de suas plantações comprometidas pelas baixas temperaturas, especialmente em regiões do Sul de Minas Gerais, Paraná e São Paulo — áreas historicamente vulneráveis a episódios de geada.
Segurança para o produtor e estímulo à recuperação
O montante destinado à recuperação das lavouras evidencia a função essencial do Funcafé como instrumento de política agrícola voltado ao setor cafeeiro. Criado para assegurar a estabilidade da produção e da renda dos cafeicultores, o fundo também garante a continuidade da cadeia produtiva em momentos críticos como este.
A linha de crédito para recuperação de áreas danificadas, embora represente uma fração do valor global, atende a um contingente de produtores que, sem esse respaldo, teriam dificuldades de retomar o cultivo nos próximos ciclos. A concessão dos R$ 31 milhões tem como foco ações de revitalização das áreas afetadas, que envolvem desde podas severas e replantio até a reestruturação do solo e compra de insumos emergenciais.
Aliás, o avanço de 4,37% no valor total do fundo em relação à safra anterior reforça a confiança no desempenho do setor, que tem se mostrado resiliente mesmo diante dos desafios climáticos e de mercado. Para a gestão do CNC, essa ampliação da verba sinaliza que o café brasileiro continua a ocupar posição estratégica no agronegócio nacional e nas exportações.
Financiamento estruturado para toda a cadeia do café
Além do crédito emergencial voltado às geadas, o Funcafé também contempla linhas destinadas à comercialização, estocagem, custeio e capital de giro para cooperativas e indústrias. Essa estrutura ampla permite que os recursos sejam distribuídos de forma equilibrada, sustentando tanto pequenos quanto grandes produtores.
A estruturação do fundo para a safra 2025/26 foi construída com base em demandas de entidades representativas do setor, que apontaram os riscos climáticos como fator central na formulação da política de crédito rural. O impacto das geadas, por sua vez, acelerou o processo de liberação de parte da verba, sinalizando agilidade nas decisões institucionais e atenção às necessidades do campo.