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Fundo Florestas Tropicais para Sempre: Brasil propõe nova era para a preservação ambiental

Mecanismo inédito será lançado na COP30 e busca transformar a conservação em ativo econômico global

by Claudio P. Filla
22 de setembro de 2025
in Noticias
Fundo Florestas Tropicais para Sempre: Brasil propõe nova era para a preservação ambiental
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No coração da Amazônia, o Brasil articula um dos projetos mais ambiciosos já apresentados no cenário climático internacional. Batizado de Tropical Forests Forever Facility (TFFF), o Fundo Florestas Tropicais para Sempre promete redesenhar as engrenagens do financiamento ambiental ao transformar a preservação em uma oportunidade econômica real para dezenas de países tropicais. A proposta, que deverá ser oficialmente lançada durante a COP30, em Belém (PA), visa remunerar financeiramente nações que comprovarem a conservação ativa de suas florestas tropicais.

Trata-se de um mecanismo robusto, com potencial para se tornar um dos maiores fundos multilaterais do mundo, ao lado de instituições como o Banco Mundial. Mas mais do que cifras bilionárias, o que o TFFF pretende movimentar é uma mudança profunda de paradigma: valorizar o que está em pé e não o que foi desmatado.

Valorização da floresta em pé e lógica de mercado

A estrutura do fundo rompe com a lógica tradicional de doações e filantropia que historicamente marcaram os projetos ambientais. O TFFF opera como um fundo fiduciário permanente, sustentado por investimentos públicos que funcionam como capital de risco, capazes de atrair montantes ainda maiores do setor privado. Para cada dólar público, projeta-se a mobilização de até quatro dólares privados, formando um ciclo virtuoso de financiamento ecológico.

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A proposta brasileira parte do entendimento de que as florestas tropicais são essenciais para o equilíbrio climático global. Elas armazenam carbono, regulam os ciclos hídricos, conservam biodiversidade e sustentam ecossistemas inteiros — inclusive os que abastecem grandes centros urbanos a milhares de quilômetros de distância. A ideia do fundo é, portanto, remunerar os serviços ecossistêmicos prestados por essas florestas, uma espécie de pagamento pela manutenção da vida como a conhecemos.

Um fundo global nascido no Sul

Embora idealizado no Brasil, o fundo é uma articulação do Sul Global. Desde que foi apresentado ao mundo durante a COP28, em Dubai, em 2023, o TFFF já conta com o apoio formal de outros cinco países detentores de florestas tropicais: Colômbia, Indonésia, Malásia, Gana e República Democrática do Congo. E a lista cresce.

No campo dos investidores, Alemanha, França, Noruega, Reino Unido e Emirados Árabes Unidos se juntaram ao esforço coletivo para consolidar o fundo, com um aporte inicial previsto de 25 bilhões de dólares. Esse investimento deverá viabilizar a alavancagem de mais 100 bilhões de dólares do setor privado, reforçando o caráter híbrido da proposta.

Caso os valores projetados se confirmem, o TFFF poderá gerar 4 bilhões de dólares anuais exclusivamente para preservação florestal — praticamente o triplo do que o mundo aplica hoje via recursos concessionais.

Pagamentos condicionados, transparência e foco nos territórios

Para receber os recursos, os países deverão comprovar a preservação de seus biomas por meio de monitoramento remoto, como já faz o Brasil com os sistemas do INPE. O modelo se apoia em pagamentos por hectare preservado, calculados com base em critérios técnicos, e prevê o corte de repasses em caso de desmatamento ou degradação.

Cada país terá liberdade para aplicar os recursos conforme suas políticas nacionais, com exceção de investimentos ligados a combustíveis fósseis, que serão vetados. Contudo, haverá critérios rígidos: pelo menos 20% do valor recebido deve ser destinado a comunidades tradicionais e povos indígenas, reconhecidos globalmente como os principais guardiões das florestas tropicais.

A iniciativa também exige que os países tenham sistemas de gestão financeira transparentes e auditáveis. Assim, pretende-se garantir não só a eficácia do uso dos recursos, mas também a credibilidade internacional do fundo.

Diálogo internacional e protagonismo na COP30

Com a COP30 se aproximando, o governo brasileiro intensificou a articulação com outros países e blocos estratégicos. O TFFF será uma das bandeiras centrais do Brasil durante a Assembleia Geral da ONU e, mais adiante, na conferência do clima em Belém. Além dos cinco países fundadores, a proposta já foi bem recebida por outras nações, como China e membros do BRICS, além de diversos países amazônicos.

O Ministério das Relações Exteriores já estabeleceu canais de diálogo com parceiros estratégicos por meio de suas embaixadas e organismos multilaterais. O foco agora está em garantir compromissos sólidos até o lançamento oficial do fundo.

A decisão de sediar a COP30 no coração da floresta amazônica não é simbólica por acaso. Trata-se de um movimento calculado para chamar a atenção do mundo para a urgência de proteger os grandes biomas tropicais e, ao mesmo tempo, mostrar que é possível transformar conservação em política pública de desenvolvimento sustentável.

Sinergia com o mercado de carbono

Embora o TFFF e os mercados de carbono sejam propostas diferentes, eles funcionam de forma complementar. Enquanto o mercado de carbono remunera ações que removem ou evitam emissões, como reflorestamento ou captura de gases, o TFFF paga por aquilo que já está preservado — mantendo a floresta viva, funcional e gerando benefícios permanentes.

Essa abordagem cria uma oportunidade inédita para integrar políticas ambientais com instrumentos econômicos de longo prazo, sem depender exclusivamente de doações ou aportes emergenciais. Mais do que apenas prometer, o TFFF oferece uma estrutura viável para transformar a realidade de dezenas de países tropicais.

Autonomia para os países e fortalecimento dos povos da floresta

Uma das características mais marcantes do fundo é o reconhecimento da soberania nacional e da importância dos povos tradicionais. Governos que aderirem à iniciativa poderão definir suas estratégias próprias para o uso dos recursos, desde que respeitem os critérios do fundo e garantam a alocação mínima para comunidades locais.

Além disso, o TFFF está alinhado com evidências científicas que mostram que as áreas sob gestão indígena são as que melhor conservam a biodiversidade e apresentam os menores índices de desmatamento. Ao colocar esses territórios no centro da estratégia de financiamento, o fundo contribui para a valorização de modelos sustentáveis e ancestrais de convivência com a floresta.

Uma nova rota de financiamento climático

A criação do TFFF dialoga com uma tendência cada vez mais presente nas discussões globais sobre clima: a necessidade de fontes estáveis, previsíveis e escaláveis de financiamento. Diferente de outros mecanismos da ONU, o fundo brasileiro não depende da adesão dos 196 países que compõem a Convenção do Clima para ser operacionalizado. Ele pode começar a funcionar com o apoio inicial dos membros fundadores e dos países beneficiários.

Na prática, isso significa que o TFFF já nasce com potencial de ação direta, enquanto muitas outras propostas ainda enfrentam barreiras diplomáticas e burocráticas para sair do papel.

Ainda que não esteja formalmente vinculado ao UNFCCC, seus objetivos se alinham aos compromissos globais de redução de emissões e conservação da biodiversidade, o que poderá abrir espaço para que, futuramente, os recursos captados entrem nas contabilidades climáticas internacionais.

O futuro da conservação passa pela Amazônia

O Fundo Florestas Tropicais para Sempre é mais do que um instrumento financeiro. É um chamado para uma nova era, em que a preservação ambiental passa a ser vista como infraestrutura essencial para o desenvolvimento e para a sobrevivência da humanidade.

No cenário global em que o clima se torna cada vez mais instável e os recursos naturais se esgotam, a proposta brasileira surge como resposta concreta, com protagonismo do Sul Global, valorizando o conhecimento local, as florestas em pé e a cooperação internacional. A COP30 pode ser o marco definitivo dessa virada — e o TFFF, o símbolo de uma nova relação entre o ser humano e a natureza.

  • Claudio P. Filla

    Sou Cláudio P. Filla, formado em Comunicação Social e Mídias Sociais. Atuo como Redator e Curador de Conteúdo do Agronamidia. Com o apoio de uma equipe editorial de especialistas em agronomia, agronegócio, veterinária, desenvolvimento rural, jardinagem e paisagismo, me dedico a garantir a precisão e a relevância de todas as publicações. E-mail: [email protected]

Via: Fonte: agenciagov

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