Em um momento decisivo para a política agrícola nacional, o Banco do Brasil anunciou a indicação de Gilson Bittencourt para assumir a vice-presidência de Agronegócio e Agricultura Familiar — uma das áreas mais estratégicas da instituição. A mudança marca um novo capítulo na trajetória do banco, que há décadas atua como o principal operador do Plano Safra e referência no financiamento ao setor agropecuário.
A escolha de Bittencourt ocorre em um cenário em que o Brasil precisa fortalecer os mecanismos de apoio tanto ao grande agronegócio quanto à agricultura familiar, pilares complementares da segurança alimentar e do desenvolvimento sustentável no país. Segundo nota divulgada pela presidente do BB, Tarciana Medeiros, a indicação alinha-se à missão da instituição de reunir lideranças técnicas com experiência profunda no setor. “Gilson Bittencourt tem ampla bagagem e contribuiu significativamente para o avanço das políticas públicas voltadas ao campo brasileiro. Seu perfil é fundamental para os desafios que se apresentam”, afirmou a executiva.
Antes de assumir oficialmente a função, o nome de Bittencourt ainda passará por análise de elegibilidade e aprovação do Conselho de Administração do banco. Até a conclusão desse processo, Luiz Gustavo Braz Lage permanece à frente da vice-presidência, cargo que ocupa desde 2023.
Com formação em Agronomia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Bittencourt construiu uma carreira sólida em cargos de gestão ligados à economia e ao setor rural. Foi peça-chave na formulação dos últimos Planos Safra, considerados essenciais para a garantia de crédito, subsídios e políticas de fomento ao agronegócio nacional. Ele também é mestre em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp e atua nos Conselhos de Administração da Embrapa e da empresa de fidelidade Livelo.
Além de sua vivência acadêmica e técnica, Bittencourt acumula passagens importantes pela esfera pública federal. Já comandou áreas como a Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, além de exercer funções estratégicas nos Ministérios da Fazenda, do Planejamento e na Casa Civil da Presidência da República. Seu envolvimento direto na articulação de políticas para o crédito rural e desenvolvimento regional o posiciona como uma liderança que transita com segurança entre o campo técnico e político.
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