A uva industrial 15º glucométricos — parâmetro que indica o grau de doçura da fruta — terá um novo valor mínimo a partir de 1º de janeiro de 2026. O Conselho Monetário Nacional oficializou o reajuste em 6,5%, elevando o preço mínimo para R$ 1,80 por quilo, valor que se mantém válido até 31 de dezembro do mesmo ano. A medida se aplica a viticultores das regiões Sul, Sudeste e Nordeste do país e foi publicada no Diário Oficial da União por meio da Portaria nº 867.
O novo preço foi proposto pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e reflete diretamente os aumentos registrados nos custos variáveis da produção vitivinícola. De acordo com os levantamentos da Conab, insumos como fertilizantes, tratores, colheitadeiras, defensivos agrícolas e mão de obra tiveram peso significativo na composição final dos custos. O item com maior impacto foi a contratação de trabalhadores rurais, que representou 21,2% do custo total.
Em meio a esse cenário de inflação nos insumos e volatilidade climática, a política de preços mínimos atua como um instrumento de proteção para o setor. A iniciativa tem como objetivo garantir uma remuneração mínima aos produtores rurais, incentivando sua permanência na atividade produtiva e oferecendo previsibilidade na hora de tomar decisões sobre o plantio. Além disso, ela serve como balizador para eventuais ações do Governo Federal no mercado, seja por meio de aquisições públicas ou de subvenções diretas, caso os valores de mercado fiquem abaixo do patamar estipulado.



