O BioParque do Rio, localizado na Quinta da Boa Vista, zona norte da capital fluminense, teve a visitação pública suspensa temporariamente nesta quarta-feira (30) após a morte de mais quatro aves silvestres – três marrecos e uma maritaca – com sintomas compatíveis com a gripe aviária. A decisão ocorre menos de duas semanas após a interdição da área conhecida como Savana Africana, sinalizando um agravamento do cenário sanitário no local.
Com os novos casos, sobe para 22 o número total de aves mortas em decorrência da infecção pelo vírus Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), subtipo H5N1. Anteriormente, o surto já havia provocado o óbito de 16 galinhas-d’angola e dois pavões. Todos os animais apresentaram sintomas súbitos, o que levou à rápida intervenção das autoridades veterinárias.
A medida foi confirmada após o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) atestar a presença do vírus nas amostras colhidas no local. De acordo com o comunicado oficial, os materiais biológicos foram analisados pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA-SP), referência nacional no diagnóstico de zoonoses. O laudo laboratorial confirmou a infecção pelo vírus H5N1 nas aves que habitavam o zoológico.
A ocorrência inicial foi registrada no dia 17 de julho, quando técnicos da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa-RJ) foram acionados após notificações de mortes súbitas de galinhas-d’angola. A partir daí, o protocolo de biossegurança foi imediatamente acionado, e o acesso à Savana Africana foi restringido.
Com a ampliação do surto, o fechamento completo do BioParque foi decretado como precaução. Os responsáveis pelo espaço orientam os visitantes que compraram ingressos antecipadamente a solicitar o reembolso através do site oficial da instituição. A devolução será feita conforme os canais de atendimento digital do parque.
Segundo os órgãos responsáveis, todos os animais contaminados ou com contato direto foram eliminados seguindo rigorosas medidas sanitárias, visando conter o avanço da doença. As ações fazem parte do plano nacional de contingência para Influenza Aviária, que estabelece protocolos rígidos em casos de detecção da doença em ambientes de risco, como zoológicos e criadouros.
Ainda não há previsão oficial para reabertura do parque, que permanece sob monitoramento constante das equipes de vigilância epidemiológica e autoridades sanitárias. O caso reforça a necessidade de atenção redobrada em locais com concentração de aves, especialmente em tempos de risco ampliado de zoonoses de alto impacto.