Uma iniciativa que entrelaça responsabilidade social e desenvolvimento econômico promete abrir novas portas para milhares de brasileiros em situação de vulnerabilidade. A JBS, uma das maiores empregadoras do país, firmou um convênio inédito com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), com o objetivo de gerar empregos para inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), principal base de dados do governo voltada a famílias de baixa renda e ao programa Bolsa Família.
Com duração inicial de dois anos, a proposta representa mais do que um simples acordo técnico: é um pacto pela transformação social através do acesso digno ao mercado de trabalho. A assinatura ocorreu na sede da JBS, em São Paulo, e reuniu autoridades de peso, como o ministro Wellington Dias, o conselheiro da JBS, Wesley Batista, e o CEO global da companhia, Gilberto Tomazoni.
Para Wesley Batista, o trabalho é uma ponte real para a superação da pobreza. Ao destacar que “valorizar gente é o que move a JBS”, ele reafirmou o papel das empresas como agentes de mudança nas comunidades onde atuam. A JBS mantém operações em mais de 100 municípios brasileiros e emprega atualmente cerca de 158 mil pessoas, o que potencializa o impacto de iniciativas voltadas à inclusão produtiva.
União estratégica por inclusão e desenvolvimento
O convênio estabelece que o Ministério do Desenvolvimento atuará em conjunto com a rede de assistência social e a própria JBS para facilitar o acesso dos inscritos no CadÚnico aos processos seletivos nas unidades da empresa. O compartilhamento de dados dos candidatos será feito com total respeito à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), garantindo privacidade e consentimento informado.
O ministro Wellington Dias enfatizou que combater a fome e a miséria exige mais do que políticas assistenciais. “É necessário integrar o social ao econômico para uma transformação verdadeiramente sustentável”, pontuou. A proposta, portanto, vai além da empregabilidade: ela busca reconfigurar as oportunidades de vida daqueles que muitas vezes ficam à margem do desenvolvimento.
Emprego como ferramenta de transformação
O CEO Gilberto Tomazoni reforçou o compromisso da empresa com a formação profissional e o investimento no potencial humano. “Nosso objetivo é impulsionar o crescimento das comunidades através da geração de empregos e qualificação”, afirmou, destacando o papel da inclusão como vetor para o progresso coletivo.
O Cadastro Único, criado em 2001, é o principal instrumento do governo federal para mapear as famílias em situação de vulnerabilidade em todo o território nacional. Ele funciona como uma porta de entrada para programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, mas também é peça-chave para ações como essa, que buscam devolver autonomia às pessoas por meio do trabalho.