Em um passo significativo rumo à promoção da inclusão socioeconômica no Brasil, a JBS anunciou uma parceria estratégica com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome para facilitar o acesso ao mercado de trabalho a pessoas em situação de vulnerabilidade. O acordo de cooperação técnica, assinado no dia 31 de julho na sede da empresa em São Paulo, tem duração prevista de dois anos e foi concebido para estimular a contratação de candidatos inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), como os beneficiários do Bolsa Família.
Durante o evento, estiveram presentes o ministro Wellington Dias, o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, e o conselheiro Wesley Batista, reforçando o compromisso institucional de ambas as partes com o combate à pobreza por meio de políticas públicas aliadas à iniciativa privada. Com mais de 158 mil colaboradores espalhados por mais de cem municípios, a JBS ocupa posição de destaque entre as maiores empregadoras do país — cenário ideal para a implementação de um modelo de inclusão produtiva com capilaridade nacional.
Como o acordo irá funcionar na prática
Por meio do convênio, a JBS passará a contar com apoio direto da rede de assistência social para divulgar e promover seus processos seletivos junto ao público do CadÚnico. A comunicação com os candidatos será feita com base em critérios de impessoalidade e, obrigatoriamente, mediante consentimento. A empresa será responsável por conduzir as etapas de seleção, e os nomes dos aprovados serão repassados ao ministério para verificação dos dados no sistema federal.
Com a iniciativa, espera-se ampliar o número de pessoas em situação de vulnerabilidade com acesso a vagas formais, salário fixo e benefícios trabalhistas, promovendo uma transição sustentável entre o apoio assistencial e a independência financeira. Segundo nota da companhia, a proposta central do convênio é oferecer mais do que emprego: trata-se de uma estratégia de transformação social baseada na autonomia por meio do trabalho digno.
Um elo entre políticas sociais e economia real
Ao comentar o acordo, o ministro Wellington Dias destacou que a proposta vai além de uma simples ação pontual. “Não dá para tratar a fome separadamente da pobreza, e nem esses dois aspectos desconectados da economia. Precisamos integrar o social, o ambiental e o econômico para vermos a mudança acontecer”, afirmou durante a cerimônia. A fala ecoa uma visão sistêmica cada vez mais adotada por políticas públicas modernas, que buscam enfrentar a desigualdade não apenas com transferências de renda, mas com estratégias de inserção produtiva.