A força do campo voltou a se destacar como protagonista da economia brasileira em 2025. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a agropecuária apresentou um crescimento de 10,1% no segundo trimestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2024. Esse avanço expressivo impactou diretamente o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), que registrou alta de 2,2% na mesma comparação.
Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), os bons resultados estão diretamente ligados ao excelente desempenho de algumas das principais culturas nacionais. Milho, soja, arroz, algodão e café tiveram destaque tanto em volume de produção quanto em produtividade por hectare, refletindo a eficiência do setor mesmo diante dos desafios climáticos enfrentados em algumas regiões.
Lavouras lideram o avanço com produtividade em alta
Entre as culturas que mais contribuíram para o crescimento da agropecuária no período, o milho liderou com uma elevação de 19,9% em sua produção, reflexo direto de uma combinação entre condições favoráveis de clima e manejo eficiente. A soja, por sua vez, registrou um aumento de 14,2%, consolidando-se como uma das principais forças exportadoras do país. Também chamam atenção os avanços do arroz, com alta de 17,7%, e do algodão, que teve incremento de 7,1%. Já o café, mesmo com um crescimento mais modesto, manteve trajetória positiva com 0,8% de aumento.
Esses números reforçam a importância das lavouras no desempenho da economia nacional. A agricultura de larga escala continua demonstrando resiliência e inovação, com uso intensivo de tecnologia e práticas sustentáveis que vêm moldando o novo perfil do produtor rural brasileiro.
PIB semestral e acumulado também refletem vigor do setor
O impacto do agro não se limitou apenas ao segundo trimestre. No acumulado do primeiro semestre de 2025, o PIB cresceu 2,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Mais uma vez, o setor agropecuário foi o principal vetor, com avanço de 10,1%, seguido por crescimentos na indústria (1,7%) e nos serviços (2,0%).
Ao considerar os quatro trimestres encerrados em junho de 2025, a economia brasileira apresentou um crescimento de 3,2% frente ao mesmo intervalo imediatamente anterior. Esse desempenho foi alavancado por um aumento de 3,0% no Valor Adicionado a preços básicos e por um crescimento de 4,2% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. Nesse cenário, a agropecuária se destacou mais uma vez com uma taxa de crescimento de 5,8%, superando o desempenho da indústria (2,4%) e dos serviços (2,9%).