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Produção de maçãs volta a crescer no Brasil e renova expectativas do setor

Após três anos de quedas, clima favorece recuperação das safras e aproxima volume da média histórica

by Claudio P. Filla
2 de setembro de 2025
in Noticias
Foto: Divulgação/Fischer

Foto: Divulgação/Fischer

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Depois de um período marcado por instabilidades climáticas e quedas consecutivas na produção, a cultura da maçã no Brasil ensaia um novo ciclo de crescimento. A estimativa é otimista: em 2026, a colheita deve atingir 1,1 milhão de toneladas, volume que devolve o país à sua média histórica e traz alívio para produtores e consumidores.

Esse cenário mais promissor se deve, sobretudo, à qualidade do inverno de 2025. As horas de frio — fundamentais para o desenvolvimento da maçã — foram suficientes para garantir boa florada e frutos de qualidade superior. Segundo a Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM), entre 400 e 600 horas de frio são necessárias ao longo da estação para que a planta atinja seu potencial máximo. E este ano, o clima colaborou.

Assim, o setor prevê não apenas o retorno à regularidade no abastecimento, como também reflexos positivos nos preços praticados no mercado interno. Com uma oferta mais robusta, será possível diluir os custos de produção e, com isso, tornar a fruta mais acessível nas prateleiras.

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Clima ideal e superação de perdas recentes

Nos últimos anos, o cultivo da maçã sofreu os impactos de extremos climáticos. Entre 2022 e 2024, a produção recuou para aproximadamente 850 mil toneladas — uma redução de até 25% frente ao seu potencial de 1,3 milhão de toneladas. O excesso de chuvas na primavera de 2023, que coincidiu com o período de florada, afetou significativamente o desempenho das safras seguintes.

Agora, com as condições mais alinhadas às necessidades da planta, a expectativa é de uma recuperação não apenas em volume, mas também em qualidade dos frutos. A retomada da produção é vista com entusiasmo pelo setor, que busca fortalecer o protagonismo da maçã nacional, especialmente frente à concorrência internacional.

Mercado interno pressionado por importações

Enquanto a produção brasileira oscilava, o consumo interno manteve-se firme: cerca de 900 mil toneladas por ano, o que representa 4,5 kg per capita. Diante dessa demanda constante, a lacuna entre o que se produzia e o que se consumia foi preenchida com importações. Em 2025, o país deve encerrar o ano com cerca de 200 mil toneladas de maçãs importadas, sobretudo de países como Chile, Itália, Portugal, Espanha, França e Argentina.

Produção de maçãs volta a crescer no Brasil e renova expectativas do setor
Foto: Divulgação/Fischer

Esse aumento na importação elevou os preços no varejo e trouxe novos desafios logísticos para o abastecimento nacional. De 2022 a 2024, as compras externas cresceram 43%, segundo levantamento do Cepea/Esalq-USP. A tendência, no entanto, é de que esse movimento se reduza à medida que a produção interna se estabiliza.

Apesar disso, o Brasil segue exportando uma parcela modesta da sua produção — cerca de 10%. Os principais destinos incluem Índia, Bangladesh, União Europeia, Reino Unido e Colômbia, mercados nos quais a maçã brasileira tem se consolidado gradualmente.

Uma produção concentrada no Sul, mas com histórias distintas

Com cerca de 35 mil hectares cultivados, o Brasil tem na região Sul seu principal polo produtor. Santa Catarina e Rio Grande do Sul respondem por quase 96% da produção nacional, com destaque para as variedades Gala e Fuji, que dominam os pomares pela produtividade e aceitação no mercado.

Ainda que vizinhos, os dois estados apresentam modelos distintos de cultivo. Em Santa Catarina, predominam as pequenas propriedades, com áreas de até cinco hectares, enquanto no Rio Grande do Sul se destacam os médios e grandes empreendimentos.

Essa diversidade estrutural contribui para uma cadeia produtiva mais resiliente, capaz de combinar tradição familiar e escala comercial, com diferentes estratégias para atender ao mercado nacional e internacional.

A maçã Turma da Mônica e o pioneirismo da Fischer

Nos anos 1970, comer uma maçã no Brasil era um privilégio restrito. A maior parte das frutas era importada da Argentina e Europa, o que tornava os preços elevados e o consumo pouco disseminado. Foi nesse contexto que a família Fischer decidiu investir em Santa Catarina, iniciando os primeiros plantios comerciais da variedade Gala, mais adaptada ao clima local, e da Fuji, fundamental para a polinização.

A virada histórica veio em 1985, com a fundação da Fischer S/A Agroindústria em Fraiburgo. A primeira colheita, em 1986, alcançou 11 mil toneladas. Quarenta anos depois, a empresa cultiva mais de 2,3 mil hectares e projeta chegar a 3 mil até 2027.

Além de ser uma das pioneiras na exportação de maçãs, a Fischer também inovou ao lançar, há três décadas, a maçã Turma da Mônica. Voltada ao público infantil, a fruta pequena, crocante e doce rapidamente ganhou espaço no mercado. Atualmente, representa entre 18% e 20% da produção anual da empresa, o equivalente a cerca de 20 mil toneladas por ano.

Impacto social e vínculo com a comunidade

A atuação da Fischer ultrapassa o âmbito agrícola. Com cerca de 1.200 funcionários, a empresa é uma das principais empregadoras da cidade de Fraiburgo, que tem 36 mil habitantes. Em época de colheita, esse número quase triplica, movimentando a economia local e fortalecendo laços com a comunidade.

A empresa é vista como um pilar da cidade. Muitos trabalhadores são de famílias que há gerações se dedicam à fruticultura dentro da própria Fischer, o que reforça o compromisso da companhia com desenvolvimento social e qualidade de vida.

Mais do que uma referência em inovação e produtividade, a Fischer representa um caso emblemático de como a maçã deixou de ser um artigo de luxo importado e se transformou em um símbolo da fruticultura nacional — saboroso, acessível e, cada vez mais, brasileiro.

  • Claudio P. Filla

    Sou Cláudio P. Filla, formado em Comunicação Social e Mídias Sociais. Atuo como Redator e Curador de Conteúdo do Agronamidia. Com o apoio de uma equipe editorial de especialistas em agronomia, agronegócio, veterinária, desenvolvimento rural, jardinagem e paisagismo, me dedico a garantir a precisão e a relevância de todas as publicações. E-mail: [email protected]

Via: Fonte: Agro/Estadao

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