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“Rei da babosa”: como o gel da aloe vera virou adubo que revitaliza lavouras

A empresa Aloe Fértil Brasil desenvolve biofertilizantes a partir da planta tradicionalmente usada em cosméticos

by Claudio P. Filla
28 de outubro de 2025
in Noticias
“Rei da babosa”: como o gel da aloe vera virou adubo que revitaliza lavouras
Resumo
  • A aloe vera, conhecida como babosa, ganha nova função no agronegócio com a produção de um biofertilizante orgânico desenvolvido pelo empresário Magno Alves, líder no cultivo da planta no Brasil.
  • O extrato estabilizado da babosa revitaliza solos, fortalece o desenvolvimento das plantas e ajuda na produtividade agrícola, especialmente em situações de estresse hídrico.
  • Estudos da Embrapa indicam aumento de até 14% na produtividade da soja e resultados positivos também no milho, reforçando o potencial do bioinsumo.
  • A Aloe Fértil Brasil abastece tanto pequenas estufas quanto grandes fazendas, além de expandir seu mercado para setores cosméticos, farmacêuticos e agrícola no exterior.
  • A inovação conecta sustentabilidade, economia e ciência, posicionando a babosa como um insumo estratégico para a agricultura de baixo carbono e para o uso eficiente dos recursos naturais.

Há plantas que atravessam gerações graças à sua versatilidade e resistência. E poucas são tão adaptáveis quanto a aloe vera – popularmente conhecida como babosa. No entanto, o que chama atenção é que, além de cosméticos e pomadas, essa planta encontra agora um novo papel no solo brasileiro: o de fornecer biofertilizantes capazes de restaurar a terra e impulsionar culturas agrícolas. No interior de São Paulo, o empresário Magno Alves se tornou pioneiro ao transformar o gel da babosa em insumo orgânico para a agricultura — abrindo caminho para um mercado inovador, que une paisagismo, cosmética e agronegócio.

A planta do gênero Aloe, da qual a espécie mais conhecida é a Aloe vera, é usada há séculos em remédios e cosméticos. No Brasil, seu cultivo ainda é restrito — porém, em Santa Cruz do Rio Pardo (SP), Magno Alves consolidou uma área de cerca de 18 hectares, considerada a maior plantação da espécie no país.

Ali, ele não apenas cultiva a babosa, mas investe na diversificação de usos: do xampu e loção ao adubo orgânico para solos fragilizados. Ele conta que passaram-se “nove anos de estudos para estabilizar a babosa sem perder suas propriedades”. Com essa base, a empresa Aloe Fértil Brasil desenvolveu produtos orgânicos certificados que visam regenerar solos, fortalecer plantas e reduzir dependência de insumos químicos convencionais.

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O bioinsumo criado por Magno Alves não é apenas mais um adubo: trata-se de um extrato da babosa que quando aplicado no solo ou via folha demonstra efeitos positivos como estímulo ao enraizamento, ativação da microbiota e maior absorção de nutrientes. Em estudos recentes, por exemplo, culturas de soja que receberam o insumo em condições de estresse hídrico apresentaram até 14% de aumento na produtividade em comparação às parcelas-controle.

O pesquisador Adonis Moreira, da Embrapa Soja, explica que “os resultados mostraram que o extrato de babosa é um insumo promissor para a agricultura, com benefícios potenciais à produtividade e à tolerância ao estresse climático”. Além disso, a babosa usada pela empresa de Magno abastece desde pequenas estufas até grandes fazendas de 10 mil hectares, em culturas como soja, milho, feijão, arroz, café e hortaliças — um uso verdadeiramente democrático.

A iniciativa vai além do campo: ao extrair valor da babosa para uso agrícola, a cadeia econômica associa produção local, geração de empregos e inovação sustentável. Além disso, a Aloe Fértil Brasil já atende até o mercado internacional, através de clientes que exploram os benefícios da babosa nos setores de cosméticos, farmacêutico e agronegócio.

Segundo um distribuidor global que trabalha com a empresa, o foco mudou: “começamos a distribuir a babosa nos mercados de cosméticos e farmacêuticos e agora também no setor agrícola”, afirma. Assim, o gel que antes chegava como insumo de xampu agora alimenta lavouras e restaura solos — uma virada que reflete bem a versatilidade dessa planta tropical.

Quando se fala em aplicação, o extrato de babosa pode ser usado tanto na base da planta quanto em pulverizações nas folhas — sempre com objetivo de reduzir o impacto do calor, da seca ou de solos esgotados. O solo ideal é bem drenado, rico em matéria orgânica e, preferencialmente, já preparado para culturas de base tropical.

No cultivo da própria babosa, Magno Alves recomenda atenção ao espaçamento das touceiras, ao manejo da rega e à colheita do gel antes que a planta perca vigor. A integração entre cultivo, processamento e aplicação agrícola cria uma cadeia que valoriza todo o ciclo da planta — algo pouco usual nas práticas convencionais de agronegócio.

Apesar dos resultados promissores, ainda há desafios pela frente. A variação anual de clima, espécies cultivadas e manejo influencia os resultados obtidos com o extrato da babosa — no milho, por exemplo, o acréscimo de produtividade caiu de 9% para 4% entre safras. Segundo Moreira, isso é atribuído à heterogeneidade de solos e condições climáticas.

De qualquer forma, o fato de existir um insumo natural, derivado de planta, que ajuda na regeneração do solo e na tolerância ao estresse, abre caminho importante para a agricultura de baixo impacto e para o uso cada vez mais consciente dos recursos do planeta.

  • Claudio P. Filla

    Sou Cláudio P. Filla, formado em Comunicação Social e Mídias Sociais. Atuo como Redator e Curador de Conteúdo do Agronamidia. Com o apoio de uma equipe editorial de especialistas em agronomia, agronegócio, veterinária, desenvolvimento rural, jardinagem e paisagismo, me dedico a garantir a precisão e a relevância de todas as publicações.

    E-mail: [email protected]

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