Mania de Plantas
  • Noticias
  • Mundo Agro
  • Pecuaria
  • Natureza
  • Paisagismo
  • Releases
  • Stories
  • Podcast
No Result
View All Result
Mania de plantas
  • Noticias
  • Mundo Agro
  • Pecuaria
  • Natureza
  • Paisagismo
  • Releases
  • Stories
  • Podcast
No Result
View All Result
AgroNaMidia
No Result
View All Result
Home Noticias

Resíduos do açaí viram café, carvão e fertilizante na Amazônia

Soluções sustentáveis transformam passivo ambiental em negócios inovadores no Amapá

by Claudio P. Filla
10 de outubro de 2025 - Updated on 16 de outubro de 2025
in Noticias
Resíduos do açaí viram café, carvão e fertilizante na Amazônia

Consumido de Norte a Sul do Brasil, o açaí se consolidou como símbolo da culinária amazônica e também como produto exportado. Entretanto, apenas cerca de 30% do fruto corresponde à polpa consumida em tigelas, sucos e acompanhamentos. Os outros 70% são o caroço, um resíduo fibroso que durante décadas foi descartado sem destino adequado, acumulando-se em lixões, terrenos baldios e até áreas alagadas. Esse cenário tem gerado preocupação ambiental, mas também abriu espaço para novas oportunidades.

No Amapá, terceiro maior produtor nacional, iniciativas locais vêm mostrando que o que antes era lixo pode se tornar insumo valioso. Com criatividade e tecnologia, empreendedores da região transformaram caroços de açaí em bebidas, carvão sustentável e fertilizantes, movimentando negócios que unem economia e preservação.

Café de açaí: inovação que nasceu da inquietação

Foi a partir de uma montanha de caroços descartados que surgiu a ideia de criar uma bebida alternativa ao café. O processo consiste em torrar e moer o caroço do fruto, originando um pó que pode ser preparado no coador ou em cápsulas. Apesar da semelhança com o café tradicional no preparo, o resultado lembra mais um chá encorpado, com propriedades energizantes e sem cafeína.

Leia Também

Clima favorece lavouras de canola no RS e impulsiona produção de mel com apicultura migratória

Paraná lidera avanços na segurança alimentar e supera média nacional

O projeto, que começou em pequena escala, hoje produz toneladas do “café de açaí” todos os meses, com versões em pó, blends e cápsulas. Além de atender o consumo local, o produto já alcança exportações para os Estados Unidos, reforçando seu potencial de mercado. A cadeia produtiva envolve centenas de famílias amapaenses que fornecem a matéria-prima, agregando renda e fortalecendo a economia regional.

Carvão de açaí: alternativa ao desmatamento

Outro destino inovador para os resíduos é a produção de carvão ecológico. Diferente do carvão vegetal convencional, que depende da queima de madeira, o produto feito com caroços de açaí apresenta menor impacto ambiental e maior eficiência energética.

Com alta durabilidade – podendo permanecer aceso por até sete horas – e baixa emissão de fumaça, o carvão ecológico já conquistou churrascarias e consumidores domésticos. Além disso, passou a ser exportado para países vizinhos, como a Guiana Francesa. O aproveitamento de pó de carvão, antes descartado, também fortalece o modelo de produção sustentável.

Biochar: fertilizante que regenera o solo

Na agricultura, os caroços de açaí vêm sendo convertidos em biochar, um tipo de carvão vegetal aplicado ao solo como fertilizante natural. O produto melhora a retenção de nutrientes, regula o pH e ainda atua como sequestrador de carbono, ajudando a combater os efeitos das mudanças climáticas.

Cada tonelada de caroço pode gerar cerca de 250 quilos de biochar, e sua aplicação já tem transformado áreas improdutivas em terrenos férteis. No Amapá, empresas especializadas alcançam produções de dezenas de toneladas mensais, fornecendo não apenas para agricultores locais, mas também abrindo portas para o mercado de créditos de carbono.

O desafio do descarte

Apesar dos avanços, ainda há muito espaço para ampliar o reaproveitamento do resíduo. Levantamentos em municípios do Amapá apontam que mais da metade dos caroços ainda é descartada de forma inadequada. Terrenos baldios, lagoas e lixões continuam recebendo toneladas desse material todos os dias, o que gera riscos ambientais e problemas sanitários.

Apenas uma parcela pequena é reaproveitada como adubo ou destinada a usos alternativos, enquanto a maioria das batedeiras de açaí ainda paga pelo recolhimento do resíduo. Essa realidade revela que, embora os projetos inovadores estejam em expansão, o desafio de transformar um passivo em ativo econômico e ambiental continua exigindo investimentos, parcerias e conscientização.

⚠️ Aviso informativo / de contexto técnico
As informações e dados abordados neste artigo referem-se a iniciativas e pesquisas regionais no Amapá e outras regiões da Amazônia, bem como estimativas de laboratório.
A produção de “café de açaí”, carvão ecológico ou biochar depende de variáveis como escala industrial, investimento, processos de purificação, regulamentação sanitária e logística.
Os resultados apresentados (rendimento de biochar, durabilidade, eficiência etc.) devem ser interpretados como indicativos com margem de variabilidade, não como garantias absolutas.

  • Claudio P. Filla

    Sou Cláudio P. Filla, formado em Comunicação Social e Mídias Sociais. Atuo como Redator e Curador de Conteúdo do Agronamidia. Com o apoio de uma equipe editorial de especialistas em agronomia, agronegócio, veterinária, desenvolvimento rural, jardinagem e paisagismo, me dedico a garantir a precisão e a relevância de todas as publicações.

    E-mail: [email protected]

Via: Fonte: agenciasebrae

Conteúdo Relacionado

Foto Sergio Moraes/COP30

Banzeiro da Esperança impulsiona união entre Rede Conexão Povos da Floresta e Ceweb.br rumo à COP30

by Claudio P. Filla
17 de novembro de 2025
0

O Banzeiro da Esperança, iniciativa conduzida pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS) com apoio da Virada...

Trigo: importações disparam e cotações internas seguem enfraquecidas

Trigo: importações disparam e cotações internas seguem enfraquecidas

by Claudio P. Filla
12 de agosto de 2025
0

As compras externas de trigo pelo Brasil ganharam força nos últimos meses e atingiram patamares...

Fênix Biodiesel/Reprodução

Be8 compra usina de biodiesel em Alto Araguaia e fortalece atuação no setor de energia renovável

by Claudio P. Filla
28 de novembro de 2025
0

• A Be8 anunciou a compra da usina de biodiesel em Alto Araguaia (MT), ampliando...

Agronamidia, sua revista digital sobre o agro, jardinagem, paisagismo e muito mais - Editora CFILLA (CNPJ: 47.923.569/0001-92)

  • Contato
  • Quem somos
  • Termos de uso
  • Politica de Privacidade
  • Politica de ética
  • Politica de verificação dos fatos
  • Politica editorial

© 2023 - 2025 Agronamidia

No Result
View All Result
  • Noticias
  • Mundo Agro
  • Pecuaria
  • Natureza
  • Paisagismo
  • Releases
  • Stories
  • Podcast

© 2023 - 2025 Agronamidia

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência e navegação. Politica de Privacidade.