Resumo
O Sebrae lançou o Selo Negócio Protetivo COP30 para certificar pequenos negócios de Belém comprometidos com a proteção de mulheres e crianças durante a conferência climática.
A certificação reconhece empreendimentos que adotam práticas de acolhimento, prevenção e encaminhamento em casos de violência e vulnerabilidade social.
O selo valoriza negócios de setores como turismo, gastronomia, transporte e hotelaria, fortalecendo sua reputação e abrindo oportunidades em mercados com foco em responsabilidade social.
Os participantes passam por capacitação e recebem uma sinalização oficial com QR Code, garantindo transparência e reconhecimento público do compromisso assumido.
A iniciativa busca criar um legado para além da COP30, integrando pequenos negócios à agenda ESG e promovendo um ecossistema mais seguro, empático e sustentável.
A cidade de Belém se prepara para ser palco da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), evento de escala global que deve reunir até 70 mil pessoas entre os dias 10 e 21 de novembro. Nesse cenário de grande visibilidade, o Sebrae Nacional, em parceria com o Instituto Mondó, lança uma proposta inovadora: o Selo Negócio Protetivo COP30, certificação destinada a empreendimentos que assumirem, de forma pública e prática, o compromisso com a proteção de mulheres, crianças e adolescentes durante o período do evento.
Mais do que uma chancela simbólica, o selo se estabelece como um diferencial competitivo para pequenos e médios empreendimentos que atuam em áreas como turismo, gastronomia, mobilidade, hotelaria, logística e comércio ambulante. A ideia é simples e potente: integrar a geração de renda local à criação de ambientes seguros e acolhedores, sobretudo em um momento de alta circulação de pessoas e risco potencial de violações de direitos.
Compromisso social e protagonismo no território amazônico
A certificação faz parte do movimento Negócio Protetivo COP30, que busca consolidar uma rede local de empreendedores conscientes do seu papel social. A proposta é formar agentes de proteção capazes de identificar sinais de abuso, acolher vítimas e acionar os canais corretos para garantir a integridade de mulheres e crianças. Para isso, os participantes passarão por um processo completo de capacitação, com módulos sobre direitos humanos, enfrentamento à violência sexual e protocolos de atendimento.
Essa rede será especialmente estratégica em Belém, cidade que estará no centro das atenções internacionais. Com o aumento das oportunidades em setores como turismo comunitário e gastronomia amazônica, cresce também a responsabilidade de prevenir situações de vulnerabilidade. Nesse sentido, o selo reconhece aqueles que, além de prestar um bom serviço, se colocam como guardiões do bem-estar coletivo.
Como funciona a certificação e quem pode participar
Negócios de diversos segmentos podem participar do processo, desde que estejam localizados em Belém e atuem direta ou indiretamente no contexto da COP30. Isso inclui bares, restaurantes, hotéis, pousadas, lanchonetes, empresas de transporte por aplicativo, guias turísticos, serviços de catering, equipes de limpeza e iniciativas ligadas à cultura local e ao turismo de base comunitária.
Para obter a certificação, é necessário preencher um formulário de inscrição, assinar um termo de compromisso e concluir a capacitação proposta. Após essa etapa, cada negócio implementa internamente boas práticas, indica um ponto focal de referência e adota materiais de sinalização oficial com QR Code, que permitirão ao público consultar online a adesão da empresa ao movimento protetivo.
Mais do que um selo: uma rede de confiança
Ao apostar na construção de um ecossistema de negócios com valores humanitários, o Sebrae promove uma mudança estrutural na forma como o pequeno empreendedor é visto. O selo, além de fortalecer a imagem institucional de quem o recebe, pode gerar novas oportunidades junto a consumidores que valorizam responsabilidade social, contratos com empresas comprometidas com práticas ESG e participação em licitações públicas.
Essa certificação, embora criada com foco na COP30, propõe um legado duradouro para Belém e para o Brasil. Ela reconhece que o empreendedorismo local tem papel ativo na proteção de vidas e que negócios responsáveis ajudam a transformar territórios em lugares mais justos, empáticos e preparados para acolher.
Por fim, ao colocar mulheres e crianças no centro das estratégias de segurança e acolhimento, o Selo Negócio Protetivo COP30 reafirma que cuidar de gente também é uma forma de inovar — e que o futuro sustentável que tanto se busca começa, justamente, pelas relações mais humanas e solidárias.



