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UEM lidera projeto global para estudar e conter plantas invasoras nos rios e lagos

Pesquisas com cientistas do Canadá, Itália e outros países investigam o impacto ecológico das espécies exóticas e propõem soluções sustentáveis

by Claudio P. Filla
29 de outubro de 2025
in Noticias
plantas aquáticas

Em meio aos desafios crescentes da conservação ambiental, um dos problemas que avança de forma silenciosa é a proliferação de plantas aquáticas invasoras. Disfarçadas por uma aparência delicada, essas espécies escondem um potencial destrutivo para os ecossistemas de água doce. Ao cobrir rios, lagos e represas com densos tapetes vegetais, elas bloqueiam a luz solar, diminuem os níveis de oxigênio e sufocam a biodiversidade nativa — afetando, diretamente, atividades humanas como o abastecimento de água, a pesca artesanal e o turismo ecológico.

É nesse cenário que a Universidade Estadual de Maringá (UEM) ganha destaque ao integrar duas iniciativas internacionais voltadas ao controle dessas espécies. Ambas as pesquisas são financiadas por programas científicos da Comissão Europeia e promovem uma rara articulação entre instituições de países como Itália, Canadá, Portugal, Áustria, Bélgica, Croácia e Romênia, além do Brasil. O foco comum? Compreender profundamente o comportamento das plantas invasoras e desenvolver soluções eficazes para frear sua expansão.

Pesquisas colaborativas para entender a dispersão das espécies

Uma das frentes de atuação se concentra no projeto “Prevendo a diversidade funcional de plantas aquáticas exóticas invasoras”, que tem como objetivo mapear a capacidade adaptativa dessas espécies em diferentes ambientes. A proposta é liderada pelo professor Rossano Bolpagni, da Università degli Studi di Parma (Itália), e conta com a participação de Lars Iversen, da McGill University (Canadá), além dos brasileiros Sidinei Magela Thomaz e Roger Paulo Mormul, ambos do Departamento de Biologia da UEM.

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As análises são desenvolvidas por meio de coletas de campo e experimentos laboratoriais conduzidos pela doutoranda Alice Dalla Vecchia, que circula entre três países — Itália, Canadá e Brasil. Em sua última passagem por aqui, foi acompanhada por três colegas da Universidade de Parma para realizar a etapa brasileira da pesquisa, com atividades coordenadas pelo Nupélia (Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura) e pelo Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais (PEA) da UEM.

Segundo o professor Roger Paulo Mormul, o problema é mais grave do que aparenta. “Essas plantas entopem os cursos d’água, expulsam espécies nativas e comprometem a integridade desses ecossistemas. Isso afeta diretamente os serviços que a água doce nos oferece, como o lazer, a pesca e o consumo humano”, explica o pesquisador. Além disso, parte dos experimentos ocorre em locais estratégicos como os reservatórios de hidrelétricas e a base do Nupélia em Porto Rico (PR), com apoio da bióloga Aline Rosado e do técnico Valmir Alves Teixeira.

O projeto tem duração de três anos e inclui uma abordagem inovadora: a Ciência Cidadã. A ideia é envolver a população no monitoramento das espécies invasoras, criando uma rede de observadores que ajude a identificar rapidamente novos focos. “As descobertas não ficarão restritas aos laboratórios. Pretendemos desenvolver ferramentas de alerta precoce que auxiliem na tomada de decisões e na implementação de medidas preventivas eficazes”, reforça Mormul.

BUILDERS: ciência cidadã e comportamento animal no centro das ações

Além desse projeto, a UEM também é a única instituição brasileira presente no consórcio internacional BUILDERS – sigla para Building Resilience Through Citizen Science-Driven Approaches to Invasive Species. Coordenada pela professora Cristina Castracani, da Universidade de Parma, a iniciativa busca transformar a forma como o mundo lida com espécies invasoras ao unir Ciência Cidadã, Comportamento Animal e Monitoramento Biológico.

Com início previsto para 1º de novembro e vigência até 2029, o BUILDERS reúne onze instituições — entre acadêmicas e não acadêmicas — de sete países e conta com investimento superior a 4,5 milhões de reais pelo programa europeu Marie Skłodowska-Curie Actions, dentro do Horizon Europe. Embora a UEM não receba verbas diretas, o projeto prevê intercâmbio científico intenso, com a vinda de aproximadamente 20 pesquisadores europeus ao Paraná ao longo dos próximos quatro anos.

Para Mormul, que coordena a iniciativa no Brasil, essa articulação é essencial para pensar soluções em escala. “O projeto tem a ambição de transformar a maneira como lidamos com as espécies invasoras, superando barreiras de conhecimento que dificultam seu controle”, observa.

Tecnologia, ciência e engajamento: as bases para uma resposta global

Com atuação integrada entre instituições de ponta e envolvimento direto da sociedade, os dois projetos em andamento na UEM são exemplos concretos de como o conhecimento científico pode gerar impacto real na gestão ambiental. As pesquisas não apenas fortalecem o protagonismo da ciência brasileira no cenário global, como também oferecem insumos para a criação de políticas públicas, planos de manejo e estratégias de prevenção contra uma das maiores ameaças aos nossos ecossistemas hídricos.

Afinal, diante do avanço das espécies exóticas, a melhor defesa é a informação — bem fundamentada, compartilhada e construída com a participação ativa da sociedade.

  • Claudio P. Filla

    Sou Cláudio P. Filla, formado em Comunicação Social e Mídias Sociais. Atuo como Redator e Curador de Conteúdo do Agronamidia. Com o apoio de uma equipe editorial de especialistas em agronomia, agronegócio, veterinária, desenvolvimento rural, jardinagem e paisagismo, me dedico a garantir a precisão e a relevância de todas as publicações.

    E-mail: [email protected]

Via: UEM

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