Resumo
As plantas variegatas são reconhecidas por suas folhas com padrões únicos e se tornaram itens cobiçados na decoração de interiores por sua raridade e apelo estético.
O Filodendro ‘Birkin’ chama atenção por suas listras brancas sobre o verde e cada folha nova revela um padrão inédito, tornando-o uma planta surpreendente e fácil de cultivar.
A Pleomele variegata combina leveza e elegância com resistência, sendo ideal para ambientes internos bem iluminados e projetos que integram arquitetura e paisagismo.
O Ficus ‘Tineke’ possui coloração marmorizada que varia entre verde, branco e rosa, sendo indicado para espaços com boa luminosidade indireta e destaque na decoração.
Já a Costela-de-adão variegata é símbolo de sofisticação, exigindo mais cuidado com a luz e crescimento lento, mas entregando folhas esculturais que encantam qualquer ambiente
Elas desafiam o olhar comum e transformam qualquer canto da casa em um ponto de luz, forma e cor. As plantas variegatas, caracterizadas por suas folhas com manchas, listras ou bordas de coloração contrastante, não são apenas belas — são verdadeiras obras de arte da natureza. Raras e desejadas, essas espécies exibem uma variação genética que modifica a produção de clorofila e cria padrões visuais impressionantes.
Mais do que tendência estética, essas plantas viraram símbolo de colecionadores e apaixonados por design vegetal. “As variegatas são como as joias da jardinagem moderna. Cada exemplar é único, e isso faz com que ganhem um valor simbólico muito especial na decoração”, explica o paisagista Murilo Soares, da Spagnhol Plantas. Segundo ele, o sucesso dessas espécies dentro de casa se deve, também, à sua adaptabilidade em ambientes com luz difusa, ideal para quem busca um toque de exuberância sem perder praticidade.
Filodendro ‘Birkin’
Com folhas verdes riscadas por traços quase gráficos em branco, o Philodendron ‘Birkin’ é uma estrela entre os colecionadores. Ele surgiu de uma mutação espontânea de outra espécie e, por isso, cada nova folha pode surpreender com um padrão diferente. Além da aparência singular, trata-se de uma planta de crescimento vertical e compacto, ótima para interiores.

Segundo Murilo Soares, o segredo para manter o Birkin saudável é deixá-lo em local com luminosidade indireta intensa e solo sempre úmido, mas bem drenado. “É uma planta que responde com elegância aos cuidados certos, e cada folha nova é um espetáculo à parte”, comenta o especialista.
Pleomele variegata
Também conhecida como Dracena reflexa variegata, a Pleomele variegata tem folhas alongadas em verde e creme, dispostas em espirais que criam um movimento visual delicado. De fácil manutenção, essa planta arbustiva traz verticalidade ao ambiente, sendo perfeita para varandas protegidas ou salas bem iluminadas.

“Ela é elegante, resistente e funciona como um divisor natural em espaços integrados”, observa Murilo. Por crescer de forma ereta e não exigir podas frequentes, se tornou uma das favoritas para projetos que unem paisagismo e arquitetura de interiores. Além disso, é uma espécie que tolera bem variações de temperatura e umidade, desde que esteja longe de correntes de ar frio.
Ficus elástica ‘Tineke’
Com folhas grandes, firmes e levemente ovais, o Ficus elastica ‘Tineke’ exibe um padrão marmorizado que mistura tons de verde, branco e rosado. Essa composição cromática o torna ideal para ambientes neutros, nos quais a planta funciona como peça de destaque.

Segundo Murilo Soares, o Tineke precisa de um pouco mais de luz que outras variegatas para manter suas cores vivas. “A luminosidade é essencial para preservar o contraste das folhas. Sem isso, o branco tende a sumir e o verde escurece”, explica. Apesar de elegante, trata-se de uma planta de personalidade forte, que não gosta de excesso de água nem de revezes na posição do vaso. Quando bem acomodado, porém, cresce vigoroso e transforma qualquer ambiente em uma cena de revista.
Costela-de-adão variegata
Entre todas as variegatas, poucas têm o status icônico da Monstera deliciosa variegata, também chamada de costela-de-adão marmorizada. Suas folhas recortadas, com áreas brancas ou creme que se misturam ao verde original, fizeram dela um dos itens mais valiosos entre os entusiastas de plantas ornamentais.

Murilo aponta que o cultivo exige mais atenção: “Por ter menos clorofila nas folhas claras, essa variação cresce mais lentamente e precisa de uma luz bem filtrada para manter sua beleza sem sofrer queimaduras”. Ainda assim, a recompensa é grandiosa: cada folha nova é como uma pincelada diferente de um artista inspirado. A planta se adapta bem a vasos grandes e pode ser tutorada para crescer verticalmente, compondo cantos com muita personalidade.