Durante o inverno, especialmente no mês de julho, muitas pessoas acreditam que os jardins perdem vigor e cor. Contudo, a realidade pode ser bem diferente quando escolhemos cuidadosamente plantas que apreciam as baixas temperaturas, mantendo o encanto natural e a vivacidade dos ambientes externos e internos. Além disso, optar por espécies que preferem o clima mais fresco é um passo certeiro para garantir o sucesso do cultivo mesmo em épocas geladas. Pensando nisso, escolhemos cinco plantas que não apenas suportam bem o frio, como também atingem seu esplendor justamente durante os dias mais frios do ano.
Copo-de-leite
Famosa por suas flores sofisticadas e pelo contraste delicado entre o branco intenso das pétalas e o verde vibrante das folhas, o copo-de-leite é um clássico que retorna com força durante o inverno. Apesar de nativa da África, esta planta adaptou-se perfeitamente ao clima mais frio, principalmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

Segundo André Possolli, o copo-de-leite aprecia solos ricos em matéria orgânica, com boa drenagem e regas moderadas. “É uma planta ideal para jardins externos ou vasos, desde que receba luz indireta ou meia-sombra. O excesso de sol pode danificar suas folhas”, explica.
Goivo
O goivo (Matthiola incana) é outra espécie que encanta nos dias frios por seu perfume agradável e flores delicadas em tons que vão do lilás ao branco e amarelo. Originária da região do Mediterrâneo, essa planta se sente especialmente confortável durante as temperaturas mais amenas do inverno brasileiro, exibindo uma floração marcante que pode durar meses.

Segundo a paisagista Cris Bermudez, para garantir que o goivo floresça intensamente, é importante plantar em locais ensolarados, com solos férteis e bem drenados. “Ele adora a incidência direta do sol, mas tolera bem o clima frio, oferecendo um toque romântico e muito perfumado ao jardim”, ressalta Cris.
Estrelítzia
Também conhecida como ave-do-paraíso, a estrelítzia é uma espécie imponente que agrega beleza exótica mesmo em períodos frios. Originária da África do Sul, sua aparência única se destaca em qualquer projeto paisagístico. Suas flores vibrantes em tons alaranjados, azulados e roxos são extremamente resistentes às temperaturas mais baixas.

Para mantê-las saudáveis, é recomendável cultivá-las em locais ensolarados, protegidos de ventos fortes e geadas severas, além de fornecer regas moderadas e solo enriquecido com matéria orgânica. “Apesar de exótica, a estrelítzia é robusta e adapta-se perfeitamente aos jardins brasileiros durante o inverno, valorizando áreas amplas e ensolaradas”, afirma André Possolli.
Boca-de-leão
Poucas flores são tão carismáticas quanto a boca-de-leão. Essa espécie, que lembra a boca de um dragão se pressionada nas laterais, encanta especialmente as crianças, além de adicionar uma beleza singular ao jardim. Suas cores intensas – rosa, vermelho, amarelo, branco e roxo – destacam-se claramente em dias mais cinzentos, proporcionando vida e contraste em qualquer espaço externo.

Para Cris Bermudez, a boca-de-leão prefere ambientes frescos, mas com sol pleno por algumas horas diárias. “É uma ótima opção tanto para vasos quanto para jardins. O solo deve ser fértil, mas nunca encharcado, garantindo flores saudáveis e bonitas durante todo o inverno”, recomenda a paisagista.
Prímula
A prímula, apesar de pequena e delicada, é surpreendentemente resistente às baixas temperaturas, revelando suas flores coloridas e delicadas exatamente no auge do inverno. Nativa das regiões temperadas do hemisfério norte, esta planta se aclimatou muito bem em diversas regiões brasileiras, especialmente no Sul e Sudeste.

Conhecida por suas flores pequenas, vibrantes e com tonalidades que vão do rosa ao roxo e amarelo, ela encanta quem deseja trazer suavidade e frescor aos ambientes internos e externos durante os meses mais frios. Cris Bermudez sugere que a prímula seja cultivada em locais de meia-sombra, com solo enriquecido e regas frequentes, mas sem excesso. “A umidade moderada e a luz indireta são perfeitas para esta planta que traz alegria e charme nos dias mais gelados do ano”, completa.