De aparência exuberante, folhas brilhantes e estrutura firme, a zamioculca (Zamioculcas zamiifolia) se tornou uma das favoritas de quem vive em apartamento — especialmente entre quem sonha em ter um toque de verde mesmo com pouca luz natural e pouco tempo disponível. Com origem nas florestas tropicais da África Oriental, essa planta ganhou fama por resistir a condições adversas, sendo perfeita para a vida moderna, em que nem sempre é possível seguir uma rotina rigorosa de cuidados com as plantas.
Segundo a bióloga e paisagista Camila Verri, o sucesso da zamioculca está em sua capacidade de se adaptar a interiores com luz indireta, além de exigir regas espaçadas. “É uma planta que literalmente sobrevive à negligência. Ideal para quem quer começar a montar um cantinho verde no apê sem grandes preocupações”, comenta. Além disso, sua folhagem escura e espessa imprime elegância e um ar contemporâneo à decoração, combinando com diferentes estilos — do minimalista ao boho chic.
Luz, vaso e solo: o trio essencial para uma zamioculca saudável
Ao escolher onde posicionar a zamioculca no apartamento, opte por um local com luz difusa, longe da exposição direta ao sol. Apesar de tolerar sombra, a planta se desenvolve melhor com luminosidade indireta, como próxima a janelas cobertas com cortinas leves. Isso estimula um crescimento mais robusto e folhas mais vibrantes, sem queimar suas extremidades.

No que diz respeito ao solo, a paisagista Helena Ferreira, especialista em plantas ornamentais de interior, explica que o segredo está na drenagem. “A zamioculca não suporta o solo encharcado. O ideal é usar um substrato leve, com boa aeração, combinando terra vegetal, areia e perlita, além de um vaso com furos no fundo”, orienta. O acúmulo de água pode comprometer suas raízes subterrâneas, que são espessas e armazenam água — uma adaptação natural da planta a períodos de seca.
Rega espaçada e adubação estratégica garantem vigor por muitos anos
Um dos maiores erros no cultivo da zamioculca é exagerar na água. Justamente por ter raízes rizomatosas que armazenam líquido, a planta deve ser regada apenas quando o solo estiver completamente seco. Em apartamentos com pouca ventilação ou durante o inverno, esse intervalo pode chegar a duas semanas. Já nos meses mais quentes, o ideal é observar o solo com mais frequência, sem seguir um cronograma fixo.
Sobre adubação, Helena recomenda uma abordagem suave: “Adube a cada dois ou três meses com um fertilizante orgânico equilibrado. O excesso de nitrogênio, por exemplo, pode até prejudicar a planta e deformar seu crescimento”. Uma sugestão prática é usar húmus de minhoca ou bokashi, misturado superficialmente ao substrato.
Decoração com personalidade e cuidado com a toxicidade
Além de sua facilidade de cultivo, a zamioculca chama atenção como peça decorativa. Suas hastes verticais e folhas brilhantes funcionam como ponto focal em ambientes compactos, como salas, corredores ou escritórios domésticos. Em composições maiores, pode ser usada como contraponto a espécies com folhagens mais claras ou pendentes, criando contrastes interessantes mesmo em apartamentos pequenos.
No entanto, é importante destacar que, apesar de todos os seus benefícios, a zamioculca é uma planta tóxica para pets e crianças pequenas, se ingerida. “Ela contém oxalato de cálcio, substância que pode causar irritações se houver contato com a mucosa. O ideal é deixá-la fora do alcance direto”, orienta Camila Verri. Com esse cuidado simples, é possível manter a planta sem riscos e aproveitar toda sua beleza com tranquilidade.



