Resumo
- A brilhantina é uma planta ornamental de folhas brilhantes, ideal para jardins tropicais e ambientes com sombra e boa umidade.
- De fácil cultivo, adapta-se bem a vasos, jardineiras ou como forração, formando um tapete verde com textura e brilho.
- É popularmente utilizada na medicina natural por possíveis efeitos cicatrizantes e calmantes, embora faltem estudos científicos conclusivos.
- Exige solo rico em matéria orgânica, boa drenagem e regas regulares, mas não tolera sol direto intenso nem encharcamento.
- Harmoniza bem com plantas tropicais e pode ser cultivada também em ambientes internos bem iluminados e ventilados.
Com folhas brilhantes que reluzem ao toque da luz solar, a planta conhecida popularmente como brilhantina não é apenas um charme visual para jardins tropicais. Seu nome científico é Pilea nummulariifolia, embora, em algumas regiões, outras espécies com aparência similar também recebam o mesmo apelido. Ornamental por natureza e resistente por essência, ela chama atenção não apenas pela estética, mas também pelas tradições populares que associam a planta a benefícios terapêuticos.
Para a paisagista Cíntia Ormond, a brilhantina é uma excelente alternativa para jardins de baixa manutenção. “Ela tem um efeito visual muito agradável por conta do brilho metálico das folhas, além de se adaptar bem a locais sombreados e úmidos. Isso a torna ideal para bordaduras, jardineiras e até como planta pendente em vasos suspensos”, explica. Segundo a especialista, o cultivo é simples: solo leve, enriquecido com matéria orgânica e irrigação regular já são suficientes para que a planta se desenvolva com vigor, especialmente em regiões de clima tropical e subtropical.
Além de seu apelo ornamental, a brilhantina também é conhecida na medicina tradicional por seu uso em infusões e emplastros caseiros, principalmente no Norte e Nordeste do Brasil. Embora faltem estudos científicos conclusivos, muitas comunidades utilizam o extrato das folhas como coadjuvante no tratamento de feridas leves e processos inflamatórios na pele. “Popularmente, ela é associada a propriedades cicatrizantes e calmantes, mas vale lembrar que todo uso medicinal deve ser feito com cautela e orientação especializada”, alerta o farmacêutico Carlos Vitor Nogueira, que atua com plantas medicinais no interior do Pará.

Por ter crescimento rasteiro, a brilhantina se adapta bem em canteiros próximos a muros, degraus ou em vasos com bastante espaço para que seus ramos se espalhem. Outro destaque é sua capacidade de formar um denso tapete verde-brilhante, ideal para projetos paisagísticos que valorizam texturas e contrastes com outras espécies tropicais. Contudo, é necessário evitar sol direto intenso, pois suas folhas delicadas podem queimar, perdendo o viço característico.
Ainda segundo Cíntia, a planta pode ser combinada com samambaias, jiboias e filodendros, compondo cenários exuberantes com pouca exigência de luz. Já para ambientes internos, a brilhantina também pode ser cultivada desde que haja boa ventilação e iluminação indireta, além de cuidado com o excesso de água. “A drenagem é essencial para evitar o apodrecimento das raízes. Recomendo misturas leves de terra vegetal, areia e fibra de coco”, orienta a paisagista.
Embora discreta em sua floração, a planta se destaca pelo verde luminoso e pelo apelo sensorial que desperta. Seja como ponto de cor em jardins tropicais ou como recurso terapêutico na sabedoria popular, a brilhantina se confirma como uma espécie multifacetada: simples de cuidar, bonita de ver e envolta em saberes que atravessam gerações.



