A tuia-holandesa (Cupressus macrocarpa ‘Goldcrest’) é uma das espécies mais queridas por paisagistas quando o objetivo é trazer imponência e harmonia para áreas externas. De origem californiana, mas amplamente adaptada ao clima brasileiro, ela é reconhecida por seu tom verde-amarelado luminoso, que se mantém vibrante ao longo de todo o ano, e pelo aroma cítrico característico que se intensifica quando suas folhas são levemente tocadas. Segundo o engenheiro-agrônomo Carlos Eduardo Nogueira, especialista em arborização ornamental, a tuia-holandesa “oferece um efeito visual sofisticado com um perfume agradável, sendo ideal para composições que mesclam função estética e sensorial”.
Com porte que pode variar entre 1,5 m e 3 m em cultivo doméstico — e ainda mais em condições ideais —, a espécie é muito usada como ponto focal em jardins residenciais, compondo cercas vivas, renques ou destacando-se em vasos grandes. Sua estrutura vertical e densa permite criar efeitos visuais elegantes e ao mesmo tempo funcionais, servindo como barreira contra ventos ou para garantir mais privacidade.
Uso da tuia-holandesa em projetos paisagísticos
A grande vantagem dessa conífera é a sua adaptabilidade. Ela se encaixa tanto em jardins formais, com cortes simétricos e bem definidos, quanto em projetos mais naturais, onde o crescimento livre valoriza a textura das folhagens. A arquiteta paisagista Juliana Torres explica que “a tuia-holandesa harmoniza bem com plantas de folhagem contrastante, como agaves, forrações floridas ou gramíneas ornamentais, criando uma composição equilibrada e rica em camadas visuais”.

Além disso, seu aroma cítrico natural funciona como um atrativo extra, trazendo uma experiência sensorial ao ambiente. Esse perfume suave é especialmente valorizado em áreas de convivência, como varandas gourmet e espaços de descanso ao ar livre. Por ser perene, mantém o efeito ornamental em todas as estações, dispensando substituições frequentes de plantas no projeto.
Solo, rega e luminosidade ideais
Para garantir um crescimento saudável e folhagem sempre viçosa, a tuia-holandesa deve ser cultivada em solo fértil, bem drenado e enriquecido com matéria orgânica. A rega precisa ser equilibrada, evitando tanto o ressecamento excessivo quanto o encharcamento — fatores que podem comprometer a saúde das raízes. Carlos Eduardo reforça que “o segredo é manter o solo levemente úmido, ajustando a frequência da irrigação de acordo com a estação do ano e o clima local”.

Para prosperar, a espécie aprecia sol pleno, recebendo no mínimo quatro a seis horas de luz direta por dia. Em regiões muito quentes, é recomendável um local com leve sombreamento nas horas mais intensas de sol, prevenindo o ressecamento das folhas.
Podas e manutenção para um visual sempre impecável
Embora seja de baixa manutenção, a tuia-holandesa responde bem a podas leves, que ajudam a manter seu formato e a estimular o adensamento da folhagem.
Juliana orienta que as podas sejam realizadas preferencialmente no fim do inverno ou início da primavera, período que favorece a recuperação da planta e o crescimento vigoroso de novos brotos. Além disso, a limpeza de galhos secos ou danificados também é essencial para evitar o acúmulo de pragas e manter o aspecto saudável.