Resumo
- O mercado do boi gordo em São Paulo segue estável, mesmo com escalas de abate curtas e oferta restrita de animais prontos.
- Algumas negociações pontuais ocorrem acima das referências, mas a maioria das indústrias mantém valores dentro da média.
- Em Rondônia, a exportação sustenta uma leve alta nas cotações, apesar da demanda interna enfraquecida.
- No noroeste do Paraná, a escassez de gado pressiona os preços, com aumentos em todas as categorias.
- O oeste do Maranhão registra estabilidade nos preços, mesmo com escalas de abate limitadas a oito dias.
A semana abriu com um cenário de estabilidade no mercado do boi gordo em São Paulo. A movimentação foi marcada por um número reduzido de frigoríficos ativos nas negociações, embora as indústrias que se mantiveram nas compras tenham mantido as ofertas dentro dos patamares de referência do mercado. Em alguns casos pontuais, no entanto, houve registros de negócios ocorrendo acima dos valores médios praticados.
Mesmo diante da escassez de animais prontos para o abate e de escalas encurtadas, os preços das diferentes categorias bovinas — boi, vaca e novilha — permaneceram estáveis, sinalizando um equilíbrio momentâneo entre oferta e demanda. As escalas nas principais praças paulistas atendiam, em média, até sete dias úteis, demonstrando que a reposição de gado segue em ritmo moderado, mas suficiente para manter o abastecimento no curto prazo.
Rondônia tem leve alta puxada pela exportação
No cenário rondoniense, a disponibilidade de animais seguiu enxuta, o que, em conjunto com a atuação constante das exportações, ajudou a sustentar os preços. Embora o mercado interno tenha demonstrado fraqueza em termos de consumo, a demanda externa impôs um leve ajuste nas cotações. A arroba do boi gordo e do “boi China” apresentou alta de R$5,00, enquanto a das fêmeas subiu R$8,00/@. As escalas de abate no estado alcançavam, em média, 11 dias, o que confere uma margem de manobra um pouco maior para os frigoríficos locais.
Escassez de gado pressiona preços no noroeste do Paraná
A realidade no noroeste do Paraná foi diferente. A baixa disponibilidade de bovinos e as escalas muito apertadas impulsionaram uma alta generalizada nas cotações. O boi gordo teve valorização de R$3,00/@, enquanto o “boi China” e a vaca subiram R$5,00/@ cada. A novilha também acompanhou o movimento, ainda que de forma mais tímida, com avanço de R$2,00/@. O volume disponível para abate cobria, em média, apenas sete dias, sinalizando pressão de curto prazo sobre a indústria frigorífica regional.
Oeste do Maranhão mantém estabilidade apesar da limitação nas escalas
Já no oeste maranhense, o mercado permaneceu sem alterações nas cotações das categorias bovinas, mesmo com escalas de abate curtas — com atendimento médio de oito dias. A estabilidade no estado reflete um ritmo de compras mais contido, que busca ajustar-se à limitação da oferta sem comprometer as margens dos frigoríficos.



