A cadeia produtiva da carne suína no Brasil segue demonstrando força e estabilidade, com perspectivas promissoras tanto para o mercado interno quanto para o cenário internacional. A projeção divulgada recentemente pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) revela que a produção do setor pode alcançar até 5,42 milhões de toneladas em 2025, o que representaria um crescimento de até 2,2% em relação ao volume estimado para 2024. A tendência é de continuidade dessa curva positiva, com estimativa de 5,55 milhões de toneladas já no ano seguinte, consolidando o país entre os principais produtores globais.
Esse desempenho está diretamente ligado à eficiência do setor produtivo brasileiro, que vem investindo em tecnologia, sanidade animal e sustentabilidade, fatores decisivos para a expansão da carne suína nacional nos principais mercados consumidores do mundo. O avanço é consistente, ainda que moderado, indicando estabilidade da oferta e previsibilidade no abastecimento.
Exportações devem crescer acima de 7% em 2025
Além da produção, o Brasil também deve ampliar de forma significativa sua presença no mercado externo. De acordo com as previsões da ABPA, até 1,45 milhão de toneladas de carne suína poderão ser embarcadas para o exterior ao longo de 2025 — uma elevação de até 7,2% em comparação ao ano anterior. Para 2026, a expectativa é ainda mais otimista: até 1,55 milhão de toneladas exportadas, consolidando um crescimento anual de 7%.
O bom desempenho nas exportações reflete o reconhecimento da carne suína brasileira por sua qualidade, competitividade e rastreabilidade, especialmente em destinos como China, Filipinas, Vietnã e países da América Latina. Com maior acesso a mercados e acordos sanitários firmados nos últimos anos, o país fortalece sua posição como fornecedor confiável, mesmo em meio às flutuações do comércio internacional.
Consumo interno deve se manter estável
Enquanto o mercado externo mostra crescimento contínuo, o consumo per capita no Brasil deve seguir em patamar estável, com estimativa de até 18,7 quilos por habitante em 2025 e ligeira alta para 18,8 quilos em 2026. Esses números refletem o perfil do consumidor brasileiro, que vem diversificando cada vez mais as fontes de proteína animal, com destaque para a carne suína, que é valorizada pela versatilidade culinária e pelo custo-benefício competitivo frente à carne bovina.
Essa estabilidade no consumo interno também está relacionada à disponibilidade planejada: em 2025, o mercado brasileiro deve contar com até 3,97 milhões de toneladas de carne suína disponíveis, patamar semelhante ao observado em 2024. Para 2026, a oferta pode chegar a 4 milhões de toneladas, garantindo o abastecimento nacional em meio ao crescimento das exportações.