Resumo
- Um novo agroglifo surgiu em uma plantação de trigo em Ipuaçu (SC), reacendendo o mistério após três anos sem registros na região.
- O fenômeno ocorre desde 2008, sempre entre outubro e novembro, com desenhos geométricos perfeitos e sem sinais de interferência humana.
- A cidade atrai turistas, ufólogos e curiosos, transformando-se temporariamente em um polo de interesse sobre fenômenos inexplicáveis.
- A prefeitura de Ipuaçu estuda formas de integrar os agroglifos ao turismo local, criando rotas e eventos culturais.
- O acesso à plantação foi delimitado para proteger a lavoura, permitindo que mais pessoas possam visitar o desenho com segurança.
Ipuaçu, no oeste catarinense, voltou a ser palco de um dos fenômenos mais enigmáticos da agricultura moderna. No início da manhã da última segunda-feira (03/11), moradores da região se depararam com um novo desenho geométrico formado no meio de uma lavoura de trigo. O reaparecimento desse padrão, conhecido como agroglifo, aconteceu após um intervalo de três anos sem registros semelhantes no município. A notícia rapidamente se espalhou e atraiu curiosos das cidades vizinhas.
O fenômeno acontece geralmente entre os meses de outubro e novembro, e tem se tornado quase uma tradição na cidade desde 2008, quando os primeiros registros passaram a ser documentados com maior atenção. A cada temporada, figuras com complexidade geométrica surpreendente aparecem em meio às plantações sem deixar vestígios de ação humana ou qualquer interferência visível no entorno, o que aguça ainda mais a imaginação coletiva.
Desenhos que desafiam explicações simples
Com traços precisos e dimensões consideráveis, os agroglifos despertam interesse tanto de pesquisadores quanto de moradores e turistas. São formações compostas pelo acamamento das plantas, que se dobram cuidadosamente sem sinal de terem sido cortadas ou danificadas, criando composições geralmente circulares e simétricas. A origem dessas marcas permanece envolta em mistério, alimentando teorias diversas — das mais céticas às mais fantasiosas.

Enquanto não há uma explicação definitiva, o fascínio cresce. Ipuaçu, com pouco mais de sete mil habitantes, se transforma temporariamente em ponto de encontro para ufólogos, estudiosos de fenômenos inexplicáveis, cinegrafistas e viajantes movidos por pura curiosidade. O impacto visual das figuras é tamanho que muitos descrevem a sensação de estar diante de uma obra de arte natural — ou talvez não tão natural assim.
Turismo e identidade local em transformação
Diante do interesse renovado pelo agroglifo deste ano, a prefeitura de Ipuaçu já se mobiliza para transformar o enigma em oportunidade concreta. O setor de turismo do município estuda a criação de rotas e eventos culturais que dialoguem com os mistérios dos desenhos nas lavouras. A ideia é consolidar o fenômeno como uma marca da cidade e atrair visitantes não apenas nos meses em que os desenhos surgem, mas ao longo de todo o ano, com experiências temáticas ligadas ao universo dos agroglifos.

A movimentação turística já é perceptível nas redondezas da plantação. Restaurantes, pousadas e comércios locais relatam aumento no fluxo de clientes desde o anúncio da nova formação. Para preservar a plantação e garantir que mais pessoas possam conhecer o fenômeno de perto, a administração municipal estabeleceu limites de acesso e solicita que os visitantes respeitem as demarcações durante a visita.



