Paisagismo
Folhas enormes, visual escultural e cuidados simples fizeram dessa suculenta africana uma das queridinhas do paisagismo moderno
Publicado
1 semana atrásem
Por
Claudio P. Filla
Resumo
• A suculenta Orelha de Elefante se destaca pelas folhas esculturais e robustas, tornando-se um dos grandes ícones do paisagismo tropical contemporâneo.
• Originária do sul da África, é resistente, de baixa manutenção e ideal para ambientes quentes e ensolarados, incluindo vasos com boa drenagem.
• A espécie carrega simbolismo ligado à força e estabilidade, além do ciclo monocárpico, florescendo apenas uma vez antes do declínio natural.
• Em jardins ou vasos, apresenta variações de cor sob sol intenso e exige regas espaçadas, evitando umidade excessiva para preservar raízes.
• Pode ser cultivada em áreas internas bem iluminadas e requer atenção a pragas como cochonilhas e pulgões, mantendo inspeções regulares.
Há espécies que conquistam pela cor vibrante e outras que seduzem pelo perfume das flores. Entretanto, algumas plantas chamam atenção pelo desenho das folhas — e a suculenta Orelha de Elefante se destaca exatamente por isso. Com lâminas amplas, carnudas e de presença quase escultórica, essa espécie originária do sul da África se tornou um ícone do paisagismo tropical contemporâneo, reunindo forma, força e simplicidade de manejo em um só exemplar.
Muito usada como ponto focal em jardins externos, ela pertence ao gênero Kalanchoe e se adapta igualmente bem ao cultivo em vasos grandes, desde que receba a luminosidade adequada. Apesar da aparência marcante, é uma planta resiliente, discreta em suas exigências e perfeita para quem busca um verde ornamental de baixa manutenção.
O simbolismo de uma planta que cresce com propósito
Além do apelo estético, a Orelha de Elefante ganhou fama por sua simbologia. Segundo a paisagista e engenheira agrônoma Clara Meirelles, essa suculenta costuma ser associada à resistência e ao equilíbrio emocional, graças à sua capacidade de prosperar mesmo em longos períodos de estiagem. “Ela representa uma força silenciosa, quase meditativa. Sua estrutura firme e suas folhas carnudas transmitem estabilidade mesmo em condições adversas”, comenta Clara.

Outro traço que intriga jardineiros é seu ciclo monocárpico: a planta floresce apenas uma vez na vida e, após esse momento, entra naturalmente em declínio. Para muitos, esse gesto final é visto como um ato poético, um último brilho antes do descanso definitivo, reforçando a beleza singular da espécie.
Luz, solo e clima: onde cultivar sua Orelha de Elefante
De modo geral, essa suculenta aprecia climas quentes e boa incidência solar. Ela tolera temperaturas mais baixas, mas não gosta de geadas nem de excesso de umidade. O paisagista André Vinhas destaca que, em ambientes muito ensolarados, as folhas podem adquirir tons avermelhados, intensificando o impacto visual. “Ela é perfeita para jardins pedregosos, composições tropicais ou como peça escultural em vasos de entrada”, sugere o profissional.
Para o cultivo em vasos, o ideal é escolher recipientes com drenagem eficiente e um substrato leve, aerado e pouco retentivo de água. Misturas com areia grossa, perlita e carvão vegetal ajudam a evitar fungos e o tão temido apodrecimento radicular. “Excesso de água é um inimigo silencioso. O ideal é regar apenas quando o solo estiver completamente seco, especialmente nos meses frios”, reforça André.
Cuidados essenciais e como evitar pragas
Mesmo resistente, a Orelha de Elefante pode sofrer com pulgões, cochonilhas e outras pragas comuns em suculentas. Clara recomenda inspeções semanais, observando as axilas das folhas e a base da planta. Soluções naturais, como óleo de neem ou sabonete neutro diluído, costumam resolver bem os primeiros sinais de infestação.
Essa espécie também pode ser cultivada em ambientes internos, desde que receba luz direta ou, pelo menos, abundante luminosidade difusa. Próxima a janelas ensolaradas, varandas fechadas ou claraboias, mantém sua cor e arquitetura por muito mais tempo.

Sou Cláudio P. Filla, formado em Comunicação Social e Mídias Sociais. Atuo como Redator e Curador de Conteúdo do Agronamidia. Com o apoio de uma equipe editorial de especialistas em agronomia, agronegócio, veterinária, desenvolvimento rural, jardinagem e paisagismo, me dedico a garantir a precisão e a relevância de todas as publicações.
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