Agro
Mandioca registra maior recuo semanal em meses
Publicado
2 semanas atrásem
Por
Claudio P. Filla
O mercado da mandioca voltou a registrar um movimento de queda que não se via há meses. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a primeira semana de dezembro foi marcada por um recuo expressivo nas cotações, refletindo um cenário em que a oferta ganha velocidade ao mesmo tempo em que a demanda industrial esfria. Essa combinação, que costuma intensificar a pressão sobre os preços, resultou em uma desvalorização semanal de 4,4%, a mais acentuada para o período desde julho.
Nos últimos dias, a colheita avançou em diferentes regiões produtoras. A entrada de maior volume no mercado, entretanto, não encontrou uma indústria com ritmo de compras suficientemente intenso para absorver essa oferta crescente. O descompasso entre a disponibilidade de raiz e as necessidades das fecularias e farinheiras ampliou a pressão baixista, criando um ambiente de negociação mais sensível e cadenciado pela necessidade de escoamento do produto.
De acordo com o Cepea, entre 1º e 5 de dezembro, o preço médio nominal a prazo da tonelada destinada à indústria foi de R$ 530,81, equivalente a R$ 0,9232 por grama de amido. Embora o recuo semanal já chame atenção, a comparação anual aprofunda o movimento: frente ao mesmo período do ano passado, a mandioca acumula uma desvalorização real de 23,8%, considerando a correção pelo IGP-DI.
O comportamento dos derivados acompanhou a tendência observada na raiz. Pesquisas do Cepea indicam que tanto o mercado de fécula quanto o de farinha operaram com menor movimentação, e as cotações recuaram na maior parte das regiões monitoradas. O sinal comum entre os segmentos é a retração do ritmo industrial, que naturalmente reduz o volume demandado de matéria-prima e, além disso, retarda negociações por parte de compradores que aguardam possíveis novas quedas.

Sou Cláudio P. Filla, formado em Comunicação Social e Mídias Sociais. Atuo como Redator e Curador de Conteúdo do Agronamidia. Com o apoio de uma equipe editorial de especialistas em agronomia, agronegócio, veterinária, desenvolvimento rural, jardinagem e paisagismo, me dedico a garantir a precisão e a relevância de todas as publicações.
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