Natureza
Cupins de revoada e cães: um risco silencioso que aumenta com a chegada das chuvas
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4 dias agoon

Resumo
• A revoada de cupins aumenta na época das chuvas e atrai a curiosidade dos cães, que podem acabar ingerindo os insetos.
• A ingestão de siriris pode causar intoxicação devido a resíduos tóxicos presentes nos insetos, especialmente quando expostos a produtos de controle de pragas.
• Vômitos, diarreia, salivação intensa, tremores e convulsões são sinais comuns de intoxicação e exigem atendimento veterinário imediato.
• Reduzir iluminação, fechar portas e recolher cupins rapidamente ajuda a evitar o contato dos pets com esses insetos.
• A prevenção é a forma mais eficaz de proteção, garantindo que a curiosidade natural do cão não se torne uma emergência.
Com a chegada das primeiras chuvas mais fortes, um fenômeno típico da estação volta a se repetir: a revoada dos chamados cupins de chuva, também conhecidos como aleluias ou siriris. Eles surgem em grande número atraídos pela luz e, por isso, invadem quintais, sacadas e até ambientes internos. Para os cães, que costumam investigar qualquer novo estímulo, esses insetos tornam-se um prato cheio para brincadeiras — e é justamente nesse ponto que reside o risco.
Embora possam parecer inofensivos, os cupins representam uma ameaça real quando ingeridos. Em muitos casos, eles entram em contato com produtos usados no controle de pragas ou acabam acumulando substâncias que, quando ingeridas, podem causar intoxicações agudas nos animais. Aliás, é justamente na estação de chuvas que aumentam os atendimentos emergenciais relacionados a ingestão desses insetos.
Por que os cupins podem causar intoxicação?
Quando o cão morde, brinca ou engole um cupim, ele pode ser exposto a compostos tóxicos que não são perceptíveis a olho nu. Esses insetos podem carregar resíduos de venenos aplicados em madeiras ou estruturas tratadas, além de substâncias naturais que, em grande quantidade, sobrecarregam o organismo do animal. O problema se intensifica quando a ingestão é repetida, já que muitos cães ficam fascinados pelo movimento e pelas asas dos siriris.

Segundo veterinários especializados em toxicologia, a combinação entre o tamanho pequeno do inseto e a facilidade com que eles se multiplicam dentro de casa torna o risco ainda maior. Assim, mesmo que o tutor não presencie o momento da ingestão, os sinais surgem rapidamente, e qualquer atraso no atendimento pode agravar o quadro.
Sinais que indicam intoxicação e exigem atendimento imediato
Após ingerir cupins contaminados, o cão pode apresentar mudanças bruscas no comportamento, como inquietação, apatia ou salivação excessiva. Em muitos casos, é comum o surgimento de vômitos, diarreia ou tremores musculares, que evoluem com rapidez. Quando a intoxicação é mais severa, podem ocorrer convulsões — e isso exige intervenção veterinária urgente.
Especialistas alertam que o tempo é determinante nesses casos. Como o metabolismo dos cães reage de forma acelerada à entrada de toxinas, quanto mais rápido o tutor agir, maiores são as chances de recuperação sem sequelas.
Como manter o ambiente seguro durante a revoada
Reduzir a iluminação externa ou manter as luzes internas mais baixas nos dias de maior umidade ajuda a diminuir a atração dos siriris. Além disso, fechar portas e janelas impede que os insetos entrem em grande quantidade e despertem a curiosidade dos pets. Caso eles apareçam dentro de casa, o ideal é recolhê-los ou aspirar rapidamente, evitando que o cão tenha acesso.
Durante esse período, observar o comportamento do animal também se torna essencial. Se houver qualquer suspeita de ingestão, mesmo sem sintomas imediatos, buscar orientação profissional pode evitar evoluções mais graves. A prevenção continua sendo a melhor estratégia: ambientes controlados, supervisão e atenção aos sinais do pet são medidas simples que fazem toda a diferença.
Um cuidado pequeno que evita grandes riscos
Os cupins de chuva fazem parte do ciclo natural da estação, mas isso não significa que devam ser ignorados. Ao compreender os riscos e adotar medidas simples de proteção, o tutor garante que a curiosidade natural do cão não se transforme em uma emergência. Afinal, a segurança dos pets depende, acima de tudo, da vigilância diária e da capacidade de agir rapidamente diante de qualquer sinal de alerta.

Sou Cláudio P. Filla, formado em Comunicação Social e Mídias Sociais. Atuo como Redator e Curador de Conteúdo do Agronamidia. Com o apoio de uma equipe editorial de especialistas em agronomia, agronegócio, veterinária, desenvolvimento rural, jardinagem e paisagismo, me dedico a garantir a precisão e a relevância de todas as publicações.
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